No âmbito da COP27, a decorrer no Egipto, a Microsoft, partilhou novos projetos e parcerias para combater as alterações climáticas
No contexto da 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP27), a decorrer no Egipto, a Microsoft, enquanto principal parceiro tecnológico, partilha novos projetos e parcerias para combater as alterações climáticas. A tecnológica anunciou uma expansão do seu Laboratório de Investigação AI for Good para o Egipto e Quénia. Através de IA, machine learning e modelação estatística, em colaboração com ONG, organismos de investigação, governos, a Microsoft pretende contribuir na ajuda a alguns desafios da humanidade, incluindo as alterações climáticas. “Ao oferecer a nossa tecnologia e experiência, estamos a contribuir para acelerar o desenvolvimento local de soluções escaláveis. Hoje, anunciamos a primeira expansão global do nosso laboratório para Nairobi, Quénia, e Cairo, Egipto, criando uma equipa de cientistas de dados em África que irá trabalhar para melhorar a resiliência climática”, comenta Juan Lavista Ferres, Chief Data Scientist do programa AI for Good da Microsoft. A empresa reforçou, também, a parceria com a Planet Labs, cujas imagens de satélite de alta qualidade recolhidas sob o continente africano, aliadas à tecnologia de IA da Microsoft, visam acelerar o desenvolvimento de soluções de adaptação às alterações climáticas. A Planet Labs tem aproximadamente 200 satélites em órbita e capta mais de 25 terabytes de imagens diariamente, facilitando às empresas, governos, investigadores e jornalistas a tomada de decisões estratégicas. Entre 2008 e 2018, 2,2 mil milhões de pessoas no hemisfério sul estavam em alto risco climático. Neste contexto, a Microsoft está a trabalhar na democratização do acesso a dados fiáveis e respetivo cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pelos Estados membros da ONU em 2015 como parte da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030. Adicionalmente, estudos realizados pela Microsoft mostram que existem aproximadamente cinco cientistas de dados no Norte Global para cada um no Sul Global, o que implica uma lacuna significativa na capacidade dos países do Sul Global de tomarem decisões orientadas por dados e de as transformarem em ações eficazes. Esta lacuna é ainda maior em África, onde existe apenas um cientista de dados para 14 no Norte Global. Assim, a tecnológica criou o AI Innovation Council, composto por representantes de organizações africanas como o African Development Bank, African Risk Capacity e African Climate Foundation, responsáveis por monitorizar os progressos desenvolvidos nesta iniciativa. O Council reúne, também, um grupo dos principais líderes de África, de diferentes setores, para identificar os desafios e oportunidades para melhorar a resiliência climática através de dados e IA. A Microsoft irá, também, colaborar com a Sociedade da Cruz Vermelha do Quénia, PATH, Integrated Food Security Phase Classification (IPC), e Lelapa AI. Paralelamente, irá trabalhar para impulsionar projetos AI for Good por todo o Sul Global. Através do laboratório de IA e IoT, fruto da parceria com o Governo do Uruguai, irá apoiar empresas em fase inicial na região ao fornecer soluções inovadoras de IA. Através da parceria com o Planet e o The Nature Conservancy, a Microsoft lançou o Global Renewables Watch, atlas capaz de mapear e medir todas as instalações solares e eólicas em escala real na Terra, utilizando IA e imagens de satélite. Esta solução fornecerá dados que vão permitir ajudar cientistas de dados e decisores políticos a compreender as oportunidades e lacunas das energias renováveis, bem como a encontrar opções mais eficientes e eficazes. |