Organizações mostram-se mais inclinadas a utilizar métricas ambientais para geriram o seu negócio e as que estão comprometidas são duas vezes mais propensas a afirmar que estes investimentos contribuem para melhorar a sua competitividade
A SAP revela os resultados da terceira edição do Estudo de Sustentabilidade SAP Insights, cuja conclusão principal fazer alusão à forte relação existente entre a competitividade das empresas e a sustentabilidade. No estudo participaram 4.750 líderes de empresas, de 29 sectores económicos e 21 países. O relatório distingue dois tipos de empresas no que se refere à abordagem da sustentabilidade: as comprometidas e as reativas. As últimas, por norma, adotam a sustentabilidade impulsionadas por elementos externos, como clientes ou investidores, sem uma estratégia interna. Todavia, as primeiras, que representam 12% dos entrevistados no estudo, destacam-se por adotar um leque mais alargado de medidas que as restantes, ao estarem convencidas da relação que existe entre a sustentabilidade e a competitividade. Efetivamente, as empresas mais empenhadas mostram uma maior disposição para anteciparem um retorno rápido dos seus investimentos em sustentabilidade. Além disso, reportam um crescimento de receitas superior aos restantes inquiridos e alegam ser mais rentáveis. As empresas comprometidas revelam uma probabilidade mais elevada para incrementarem os seus investimentos em sustentabilidade nos próximos três anos, superando em 26,4% as restantes organizações. Este maior compromisso está ligado a expetativas mais elevadas, uma vez que acreditam que a probabilidade de recuperar o investimento num período de um a três anos é superior em 13,8%. O rigor com que as empresas comprometidas aplicam os seus investimentos em sustentabilidade está associado à sua capacidade para alcançarem resultados. Estas empresas são 7% menos suscetíveis de mencionarem a falta de financiamento como um obstáculo para a sustentabilidade e são 7,3% menos propensas a enfrentarem dificuldades na demonstração do retorno do investimento. Todo este cenário tem um impacto direto nos seus negócios, razão pela qual afirmam que os esforços em prol da sustentabilidade contribuem de forma particular para a competitividade global de cada empresa. Conclui-se também que estas empresas têm mais do dobro da probabilidade de assumir que a sustentabilidade contribui para alcançar resultados empresariais positivos, como o aumento de receitas, a rentabilidade e o crescimento. A sustentabilidade também auxilia na melhoria da qualidade dos produtos e serviços, na eficiência dos processos e na redução de custos. Se existe algum elemento que ajuda as empresas comprometidas a investirem com maior rigor no contexto da sua estratégia de sustentabilidade, refere-se, pois, os dados. Estas organizações assumem uma satisfação com os seus dados, de forma mais incisiva que as restantes participantes no estudo. Estas empresas avaliam mais parâmetros que as outras e, adicionalmente, efetuam medições diretas, ou seja, não se baseiam em estimativas ou suposições. Efetivamente, realizam medições em sete das nove áreas comuns de sustentabilidade - incluindo o consumo de energia e emissões, poluição atmosférica e a disponibilidade de recursos -, com maior frequência que as restantes. Outra grande descoberta do estudo é a forte ligação entre as opiniões dos inquiridos sobre sustentabilidade e competitividade, a sua satisfação com os dados e o crescimento. Ou seja, aqueles que reconhecem uma relação positiva, moderada ou forte, entre sustentabilidade e competitividade (incluindo os comprometidos), tendem a estar mais satisfeitos com os seus dados. Para além disso, estes inquiridos conseguiram um maior crescimento de receitas e lucros em 2022, em comparação com aqueles que veem uma relação fraca, negativa ou inexistente entre os seus esforços de sustentabilidade e a competitividade da empresa. |