Os dados são de um estudo recente da Schneider Electric, que, no âmbito da reunião anual do Fórum Económico Mundial, na Suiça, lançou um apelo ao esforço mundial para acelerar a transição energética
A Schneider Electric lançou um apelo que urge aos governos e empresas em todo o mundo a acelerarem as suas ações de sustentabilidade e intensificarem o investimento em tecnologias que vão ajudar a reduzir as suas emissões de carbono e a reforçar a sua segurança energética. A mensagem surge no âmbito da reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, que tem como pano de fundo desafios como o aumento dos preços da energia, crise de abastecimento energético e rápida aceleração das alterações climáticas. “As atuais crises climática e energética são uma realidade económica para cada vez mais pessoas. No momento que os líderes empresariais e decisores políticos se reúnem em Davos, devemos agir de acordo com os nossos próprios interesses a longo, e não a curto, prazo”, comentou Jean-Pascal Tricoire, Chairman & CEO da Schneider Electric. Uma investigação encomendada pela Schneider Electric no ano passado mostrou que os compromissos e investimentos em sustentabilidade corporativa são frequentemente prejudicados pela complexidade da descarbonização. Em média, o compromisso financeiro com iniciativas de sustentabilidade e descarbonização nas empresas inquiridas foi inferior a 2% da receita projetada para os próximos três anos – ainda que estes investimentos costumem ser eficientes e económicos, com o retorno do investimento muitas vezes inferior a um a três anos. “Não devemos evitar as decisões difíceis. Não pode haver prosperidade a longo prazo sem uma transição energética total. Na Schneider Electric, a nossa abordagem é 'Digitalizar, Traçar Estratégias, Descarbonizar' – e as empresas, governos e sociedades devem fazê-lo agora, para cumprir os compromissos que assumiram”, acrescentou o responsável. Os inquiridos destacaram o alinhamento dos stakeholders, o orçamento, a tecnologia, as competências e a regulamentação como desafios para a implementação da sustentabilidade. No entanto, a maioria disse que a automação industrial melhorada e a atualização da infraestrutura elétrica serão uma parte fundamental do seu plano de sustentabilidade para os próximos três anos. A aquisição de energia renovável está entre as principais iniciativas levadas a cabo do lado da oferta, enquanto a eletrificação – uma medida fundamental do lado da procura – está mal classificada enquanto prioridade de sustentabilidade para as organizações. Para além da eletrificação, o fornecimento de mais eficiência à infraestrutura existente, através da digitalização e da automação, estará entre as alavancas mais importantes na próxima década, sendo o meio mais rápido e economicamente eficiente para muitas organizações reduzirem as emissões. Um outro relatório recente da Schneider Electric sobre o potencial de eletrificação da UE descobriu que colocar o foco em setores em que a eletrificação é tanto viável como atrativa poderia aumentar a participação da eletricidade no mix de energia de cerca de 20% para 50%. A quota do gás natural e do petróleo, por sua vez, cairia cerca de 50%, contribuindo significativamente para uma maior segurança energética. “O propósito e os lucros devem estar alinhados para se tornarem forças poderosas na luta contra as alterações climáticas” continuou Jean-Pascal Tricoire. “Já dispomos da tecnologia para evitar as crises energéticas e climáticas e para fornecer uma distribuição e utilização de energia segura, fiável e sustentável. A nossa abordagem baseada em dados, que abrange automação industrial, digitalização e a tecnologia de gémeo digital do metaverso corporativo, combina-se para desbloquear um futuro mais promissor, mais sustentável e mais próspero. A urgência por entrar em ação é maior do que nunca”. |