A economia eco-digital deverá duplicar e atingir os 33 biliões de dólares até 2028, com o surgimento de novos modelos de negócio assentes na sustentabilidade e nas tecnologias digitais
Segundo o novo estudo do Research Institute da Capgemini, prevê-se que a economia eco-cigital, impulsionada pelas tecnologias digitais e pela sustentabilidade, duplicará até 2028, devendo atingir os 33 biliões de dólares. O recente estudo “The Eco-Digital Era: The dual transition to a sustainable and digital economy”, desenvolvido em parceria com o Digital Value Lab do Digital Data and Design Institute da Universidade de Harvard, demonstra que, com a adoção das tecnologias digitais, as empresas conseguiram reduzir nos últimos cinco anos o seu consumo de energia em 24%, bem como as suas emissões de gases com efeito de estufa em 21%. Neste contexto, a nova era de dupla transição para uma economia eco-cigital será marcada pelo crescimento económico com a sustentabilidade enquanto principal prioridade, impulsionado sobretudo pela crescente adoção das tecnologias digitais, segundo o Research Institute da Capgemini. A economia eco-digital possibilitará o surgimento de novos modelos de negócio e fontes de receita, permitindo melhorar os níveis de rentabilidade devido à utilização dos dados, tecnologia cloud, ecossistemas colaborativos e produtos e serviços conectados Em particular, o estudo evidencia que sete em cada dez empresas acreditam que os modelos de negócio assentes nas tecnologias digitais serão um fator-chave para garantir o crescimento das receitas nos próximos três a cinco anos. A par disto, 60% dos inquiridos preveem que estes modelos gerarão mais receitas do que os provenientes dos modelos de negócio tradicionais. “Nesta era Eco-Digital, as empresas explorarão cada vez mais o potencial de criação de valor proveniente das tecnologias digitais, especialmente no que diz respeito à utilização dos dados e à implementação da cloud pelo papel fundamental que podem ter no cumprimento das metas de sustentabilidade. Há também uma rápida evolução das tecnologias emergentes, como IA generativa e a biologia sintética, bem como uma colaboração reforçada para criar ecossistemas digitais”, refere o Dr. Suraj Srinivasan, Philip J. Stomberg, Professor de Business Administration da Harvard Business School e Head of the Digital Value Lab do Digital Data and Design Institute de Harvard. “É realmente uma mudança fundamental, que abrange todos os setores de atividade e está a acontecer à escala global. À medida que as empresas crescem, elas terão de se interrogar sobre o que precisam para centralizar ou descentralizar as arquiteturas das plataformas e, mais importante ainda, a governação dos dados”, acrescenta. De acordo com o estudo, prevê-se que, nos próximos cinco anos, o investimento em transformação digital proporcionará o maior retorno do investimento, registando um aumento dos atuais 4% para 14% em 2028. Além disto, 48% das empresas inquiridas afirmam que estão atualmente na fase de planeamento ou de desenvolvimento de estratégias com vista a maximizar o potencial das tecnologias emergentes, incluindo o edge computing e a Inteligência Artificial (IA) Generativa. Ainda assim, para as empresas, serão as principais tecnologias – como a análise de dados e a cloud em larga escala – que levarão a ganhos mais significativos até 2028. “A economia Eco-Digital é diferente das anteriores, e as empresas ainda só aproveitaram uma pequena fração do potencial total oferecido pelas principais tecnologias, como a Cloud, a IA e a automação”, afirma Fernando Alvarez, Chief Strategy and Development Officer e Executive Board member do Grupo Capgemini. “Graças às tecnologias digitais as empresas poderão melhorar os níveis de eficiência das suas principais atividades, e fazerem os investimentos necessários para concretizarem esta dupla transição. Estamos no alvorecer de uma nova Era de transformação e ainda só aflorámos muito parcialmente o vasto potencial do impacto positivo que as tecnologias digitais nos podem proporcionar numa perspetiva económica, ambiental e social”. Quase 40% dos profissionais numa escala mundial deverão estar alocados a iniciativas digitais nos próximos três a cinco anos, segundo o estudo. Neste sentido, a Capgemini considera que será necessária uma transformação mundial a nível das competências dos trabalhadores, de forma que as empresas sejam capazes de acompanhar os avanços tecnológicos. O estudo conclui que, com um investimento na requalificação das atuais equipas realizado por 64% das empresas, os gestores deverão ser suficientemente flexíveis para possibilitarem a concretização desta rápida mudança. |