91% das grandes empresas portuguesas publicaram relatórios de sustentabilidade em 2024

O estudo da KPMG sobre os relatórios de sustentabilidade e ESG revela que as empresas estão a enfrentar desafios e a antecipar as novas regras regulatórias

91% das grandes empresas portuguesas publicaram relatórios de sustentabilidade em 2024

Segundo o inquérito mais recente da KPMG, há um aumento significativo de empresas que publicam proativamente os seus relatórios e dados de sustentabilidade e ESG. Conforme a obrigatoriedade de apresentação de relatórios de sustentabilidade se aproxima, a KPMG realizou um inquérito às maiores empresas do mundo, incluindo uma análise portuguesa.

Em 2024, 91% das empresas que fazem parte do índice N100 em Portugal apresentaram os seus relatórios de sustentabilidade, um aumento de seis pontos percentuais em relação aos 85% de 2022.

O mundo enfrenta questões complexas e desafiantes de âmbito climático, social e geopolítico, pelo que é uma prioridade atual abordar os temas ESG. Este estudo mostra-nos que as maiores empresas a nível mundial e nacional estão efetivamente a reforçar o seu compromisso com as metas de redução de carbono e outras metas de natureza ambiental e social”, declara Pedro Q. Cruz, ESG Coordinator Partner da KPMG Portugal. “Paralelamente, o facto de haver mais diretores de sustentabilidade e de ESG nas equipas é uma evidência clara de que estamos a fazer progressos sólidos e a garantir uma maior transparência na abordagem às questões ambientes, sociais e de governação. A esta crescente relevância dos temas ESG para as empresas não será alheio o facto de cada vez mais os investidores levarem os dados não financeiros tão a sério como os dados financeiros”.

De acordo com os resultados do “Reporte em Sustentabilidade em 2024”, os relatórios de sustentabilidade e a definição de metas de descarbonização tornaram-se práticas comuns para a maioria das empresas. A diretiva europeia CSRD, que se aplica aos relatórios financeiros, já está a ser implementada por muitas empresas europeias, com quase metade a utilizar os padrões ESRS.

Os processos de dupla materialidade, que avaliam os impactos sociais e ambientais e o desempenho financeiro, são utilizados por metades das empresas inquiridas. A Global Reporting Initiative (GRI) continua a ser a norma de relatório mais popular, com o registo de um aumento na adoção de orientações do SASB e da bolsa de valores.

Os relatórios sobre a biodiversidade também têm vindo a aumentar, com 50% das empresas a reportar sobre este tema um aumento significativo em relação aos últimos anos. Além disso, a adoção de recomendações do Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) continua a crescer, com quase três quartos das empresas a reportar os riscos climáticos.

Prevê-se que o ano de 2025 seja um ano decisivo para os relatórios em sustentabilidade. O estudo demonstra que as empresas estão a enfrentar desafios e a antecipar as novas regras regulatórias.

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