Nova SAP Concur Global Business Travel Survey indica que 62% dos viajantes de negócios se sentem limitados nas oportunidades por questões demográficas
Os desafios relacionados com a inclusão e a atual situação económica estão a ter impacto nas viagens de negócios, apesar de 92% dos colaboradores afirmarem que o futuro da sua carreira depende do sucesso das viagens no decorrer dos próximos meses. Os dados são do novo estudo da SAP Concur, realizado pela Wakefield Research. A apetência pelas deslocações comerciais está a regressar, com 67% dos colaboradores a afirmarem que estão dispostos, nos próximos 12 meses, a viajar em trabalho – um aumento de 12% face ao ano anterior. Mesmo os mais indecisos (98%) estão dispostos a fazê-lo por motivos profissionais. Na quinta edição do estudo anual SAP Concur Global Business Travel Survey, os colaboradores referiram as principais razões pelas quais as viagens de negócios são importantes: a manutenção de relações mais duradouras com os clientes atuais (42%) e o estabelecimento de relações com novos clientes (41%). No entanto, quase todos (92%) admitem que existem ameaças a este tipo de deslocação na sua empresa. Tendo por base o testemunho de 3.850 viajantes de negócios e 700 gestores de viagens a nível global, o relatório indica que a incerteza do contexto económico está a afetar as viagens de negócios para 86% dos colaboradores. 34% vê a inflação como a maior ameaça às suas viagens de negócios e 40% são afetados por orçamentos de viagens reduzidos. Neste sentido, para quase um terço dos trabalhadores (31%), a economia fez com que empresas exigissem que ficassem em alojamentos de menor qualidade e/ou em zonas menos seguras. Os gestores de viagens também referem os impactos inflacionários como o seu principal desafio para este ano, uma vez que provocam um aumento dos custos para a mesma quantidade de viagens (41%). Apesar de as viagens de negócios são fundamentais, muitos consideram que são apenas atribuídas a um determinado grupo de pessoas. 62% dos viajantes profissionais sentem que nem sempre tiveram, por razões relacionadas com a sua demografia, orientação sexual, aparência física e/ou condições de saúde, o mesmo tipo de oportunidades para efetuar viagens de negócios comparativamente com os seus colegas de trabalho. Neste âmbito, 31% dos viajantes de negócios LGBTQ+ acredita que nem sempre tem as mesmas oportunidades de efetuar viagens de negócios como uma consequência. Já 29% dos viajantes de negócios da geração Z dizem que não tiveram as mesmas oportunidades de viagens de negócios devido à sua idade, e 23% das mulheres acreditam que receberam menos oportunidades de viagens devido ao seu género. Por outro lado, as reservas flexíveis e diretas são essenciais para que os viajantes voltem à estrada, indica o estudo da SAP Concur. 98% dos gestores de viagens esperam que as políticas de viagens vigentes nas suas empresas sejam, nos próximos 12 meses, alteradas e, destes, 38% acredita que isso acontecerá com o objetivo de satisfazer as necessidades dos viajantes ao nível de terem acesso a opções flexíveis, como sejam a reserva direta com os fornecedores. Contudo, a flexibilidade dos colaboradores nas reservas pode colidir com os esforços dos gestores para garantir a segurança e controlar os custos. Para quase um terço dos gestores de viagens (31%), os viajantes que reservam diretamente são uma das maiores ameaças às viagens de negócios da sua empresa. “Os benefícios comerciais e profissionais das viagens de negócios são cruciais para o sucesso dos colaboradores e das empresas”, afirma João Carvalho, Head of SAP Concur Southern Europe. “O nosso estudo realça o equilíbrio que as empresas devem procurar manter, a partir do momento que identificam e compreendem as necessidades de flexibilidade dos viajantes e as suas expectativas relativamente à diversidade e inclusão ou sustentabilidade - ao mesmo tempo que têm de saber gerir as políticas de viagens vigentes na empresa e as restrições orçamentais. As soluções profissionais de gestão de T&E oferecem uma variedade de opções que permitem a tão necessária flexibilidade sem comprometer a visibilidade e, ao mesmo tempo, apoiar os resultados financeiros”, conclui o responsável. |