Segundo o estudo, a principal razão para os profissionais não serem totalmente verdadeiros no local de trabalho prende-se com a vontade de manter a vida profissional da vida pessoal
Novos dados de uma investigação da Michael Page indicam a importância da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, onde todos se sintam valorizados, independentemente da orientação sexual ou identidade de género. Segundo os especialistas, a discriminação de género no local de trabalho ainda ocorre com frequência, contudo, incluindo em Portugal. De acordo com os dados, em Portugal, apenas 34,5% dos profissionais refere que pode ser totalmente autêntico no local de trabalho. Segundo o estudo, a principal razão para os profissionais (59,1%) não serem totalmente verdadeiros no local de trabalho prende-se com a vontade de manter separada a sua vida profissional da vida pessoal. A este fator, acrescenta-se ainda as preocupações de que a informação prejudique o desenvolvimento da carreira. Relativamente à diversidade de género para a construção de um bom ambiente de trabalho, 82% afirma considerar importante e 40,1% muito importante. No entanto, quando questionados sobre as práticas da sua empresa relativamente à orientação sexual e identidade de género, 40,9% refere que a sua empresa não desenvolve ações específicas e apenas cumpre as obrigações legais e 23,2% refere que a empresa em que está poderia desenvolver mais iniciativas. A ambição de participar ativamente em iniciativas de inclusão e diversidade organizadas pela sua empresa é mencionada por 61,1% dos entrevistados. Embora mais de metade (55,9%) dos profissionais portugueses se revele favorável à discriminação positiva/ação afirmativa (incluindo cotas) para incentivar uma distribuição de género mais equilibrada nas empresas, a análise por género mostra que menos de metade dos homens (47,9%) são favoráveis. A inclusão é um aspeto relevante para o bem-estar da organização que beneficia de uma força de trabalho equilibrada, com impacto na produtividade, diz a Michael Page. “A diversidade é importante, mas não garante o sucesso. Um local de trabalho inclusivo é o segundo passo. Todos no local de trabalho terão de se aceitar mutuamente para conseguir atingir esse objetivo”, diz João Bernardo Gonçalves, Executive Manager da Michael Page.
|