O inquérito da Gartner revela que os consumidores preferem preços constantes e adotam tecnologias automatizadas, enquanto a tendência de subconsumo cresce na era pós-inflação
Segundo um inquérito da Gartner, 68% dos consumidores afirmam que se sentem enganados pelas marcas que utilizam preços dinâmicos. Um inquérito realizado a 303 consumidores norte-americanos revelou que 80% concorda que as marcas que praticam preços constantes são mais confiáveis e 42% estaria disposto a gastar mais num produto se fosse garantido um preço constante. 79% dos 1.532 questionados no Cultural Attitudes and Behavior Survey 2024 da Gartner afirmaram ter experienciado um ambiente de preços inesperado no último ano, desde preços excessivos a taxas oculta e aumentos imprevistos de tarifas. Nesta era pós-inflação, os consumidores estão a enquadrar a poupança como uma aspiração, dando lugar a uma tendência crescente de subconsumo. Apesar de a poupança ser um fator determinante, 68% dos clientes citam motivações intrínsecas ou de melhoria pessoal para reduzir o consumo, e 33% dos questionados da Comunidade de Consumidores da Gartner referem que uma das vantagens de resistir ao consumismo é poder contar aos outros. À medida que as experiências dos consumidores se alinham cada vez mais com as suas preferências pessoais, eles buscam uma compreensão objetiva de sua posição no contexto social mais amplo. A normalização serve como um contrapeso à personalização constante, com 82% dos consumidores a realizar atividades como crowdsourcing de opiniões ou comparações de hábitos de consumo e progresso financeiro no último ano. As tecnologias de automatização sem intervenção humana estão a aumentar o envolvimento e o interesse em experiências futuras. Entre os consumidores, 74% estão dispostos a utilizar tecnologias como drones de entrega e lojas sem caixas, e 30% já experimentaram e voltariam a utilizar pelo menos uma dessas tecnologias. “Os líderes de marketing devem utilizar temas otimistas e estratégias dos meios de comunicação tradicionais para envolver os baby bommers, ao mesmo tempo que utilizam estratégias inteligentes dos meios de comunicação social e temas mais sensíveis do ponto de vista cultural para chegar aos consumidores mais jovens”, refere Kate Muhl, VP Analyst na Gartner Marketing Practice, em comunicado. |