O estudo, realizado entre maio e junho de 2024, sublinha as principais tendências do futuro dos pagamentos digitais
A Visa revelou as conclusões do seu primeiro estudo sobre a forma como os pagamentos digitais influenciam a eficiência económica para uma sociedade mais conectada e inclusiva. Os resultados foram apresentados no Visa Payments Forum Europe, que contou com a presença de mais de mil bancos clientes e parceiros. De acordo com o estudo, as principais tendências para o futuro dos pagamentos digitais são a identidade digital; a ascensão dos consumidores como vendedores; a multiplicação de serviços configuráveis; as finanças integradas; e a Inteligência Artificial (IA). O estudo indica que a democratização do acesso aos dados irá aumentar a confiança dos consumidores nas empresas. Os resultados revelam que 69% dos inquiridos acreditam que as empresas beneficiam mais da utilização dos seus dados do que eles próprios. Sublinha ainda que os consumidores se demonstram preocupados com a forma como as empresas utilizam os seus dados. O estudo conclui que os consumidores estão mais dispostos a partilhar os seus dados quando detêm um maior controlo sobre eles. A Visa ainda aponta a IA como um fator crucial para a mudança dos pagamentos digitais, já que se os europeus adotarem ferramentas digitais de gestão para gerir as suas finanças, como é o caso de IA generativa, podem vir a poupar até 250 mil milhões de euros. Segundo o estudo, 36% dos questionados declaram confiar mais na inteligência artificial agora do que confiavam há um ano, esse número sobe para 47% entre a Geração Z. Charlotte Hogg, diretora-geral da Visa Europa, refere que “a tecnologia que, ainda não há muito tempo, parecia saída de um filme de ficção científica, está praticamente pronta para proporcionar experiências de pagamento mais simples, e acrescentar milhares de milhões de euros em valor económico à Europa. E chegará num abrir e piscar de olhos”. De acordo com o estudo, outras características que farão os consumidores confiarem mais nas empresas com os seus dados são a biometria; o aumento das escolhas de pagamento; e o uso do phygital como a forma de pagamento para transações diárias. Segundo Hogg, superar a lacuna da escalabilidade das tecnologias de pagamento “vai proporcionar oportunidades socioeconómicas significativas para pessoas, empresas e economias. A chave está nos dados. Estamos, de facto, a avançar para uma nova fronteira de pagamentos, em que os dados já não são uma matéria-prima, mas um recurso e uma ferramenta essencial, e que pode ser utilizada para criar grandes oportunidades de crescimento às empresas, e experiências de pagamento mais seguras e personalizadas”. |