A equipa de investigação da Check Point apurou que o trojan bancário multi-propósito, depois de dois anos ausente, regressou às preferências dos cibercriminosos. O relatório é referente a abril
A empresa de cibersegurança Check Point lançou o seu Índice de Impacto Global de Ameaças, referente a abril deste ano. Segundo o relatório, “os trojans bancários multi-propósito como é o caso do Trickbot têm sido uma escolha popular entre os cibercriminosos que procuram lucrar com os seus ataques”, e as campanhas de TrickBot aumentaram exponencialmente em abril, regressando ao top 10 de malwares mais utilizados, depois de uma ausência de praticamente dois anos nesta lista. A integração dos trickbots foi feita, por exemplo, através de uma campanha de spam que usou o Dia do Imposto Americano como tema. Através de uma folha de Excel, as vítimas de ataques ficavam com o malware instalado nos seus computadores, permitindo o roubo de dados bancários e fiscais. As “três variantes de malware mais comuns no mês de abril foram Cryptominers”, enquanto as restantes sete ameaças do top 10 correspondem a trojans multi-propósito, mais rentáveis numa altura em que vários serviços de criptomining fecharam e o valor da criptomoeda vai descendo. Maya Horowitz, Threat Intelligence e Research Director da Check Point, refere que em abril “tanto o Trickbot como o Emotet entraram novamente no top 10 da lista de malware. Isto é especialmente preocupante uma vez que os botnets são atualmente utilizados não só com a função de roubo de dados e credenciais privadas, mas também para disseminar ransomware". A nível global, as três plataformas de malware mais usadas foram, em abril, o Triada, Lotoor e Hiddad, todas destinadas dispositivos Android. Em Portugal, os três malwares mais utilizados foram o Cryptoloot, XMRig e AgentTesla. |