O Índice Global de Ameaças de novembro indica que o setor da Educação e Investigação foi o mais afetado em Portugal, onde o Agent Tesla liderou, impactando 8% das organizações
Chegado o fim do mês, a Check Point Research (CPR) voltou a publicar o Índice Global de Ameaças referente a novembro de 2021. Os investigadores relatam que o Trickbot permanece no topo da lista de malware a nível mundial, afetando 5% das organizações. Contudo, é de destacar o reaparecimento do Emotet que regressa ao índice global para ocupar a sétima posição. Em Portugal, as tendências distinguiram-se do resto do mundo, com o Agent Tesla a encabeçar a lista, impactando 8% das organizações nacionais. Apesar dos esforços da Europol e de vários agentes legais para, no início deste ano, desmantelar o Emotet, o botnet voltou à atividade em novembro e é já o sétimo malware mais utilizado. Este mês, o Trickbot lidera o índice pela sexta vez, estando, inclusivamente, envolvido com a nova variante do Emotet, que tem vindo a ser instalada em máquinas infetadas utilizando a infraestrutura do Trickbot. O Emotet está a ser disseminado através de e-mails de phishing que contêm ficheiros Word, Excel e Zip infetados que implantam o Emotet no dispositivo da vítima. Os assuntos atribuídos aos e-mails são, por norma, intrigantes, como eventos noticiosos atuais, faturas e memorandos corporativos falsos que incitam as vítimas a abri-los. Mais recentemente, o Emotet começou a disseminar-se através de pacotes maliciosos do Windows App Installer que se fazem passar pelo software Adobe. “O Emotet é um dos botnets de maior sucesso na história do ciberespaço e é responsável pela explosão de ataques de ransomware direcionados que testemunhamos nos últimos anos”, afirma Maya Horowitz, VP Research at Check Point Software. Além disso, “o retorno do botnet em novembro é extremamente preocupante, pois pode levar a um aumento desses ataques. O facto de estar a utilizar a infraestrutura do Trickbot significa que o tempo que levaria ao Emotet para construir uma base significativa o suficiente em redes ao redor do mundo está a encurtar. Como está a ser espalhado por meio de e-mails de phishing com anexos maliciosos, é crucial que a consciencialização e educação do utilizador estejam no topo das prioridades das organizações quando se trata de cibersegurança. E qualquer pessoa que queira fazer o download do software da Adobe deve ter em conta, como acontece com qualquer outra aplicação, que deve fazê-lo apenas por meio de fontes oficiais”, completa. Principais famílias de malware em PortugalEste mês, o Trickbot é o malware mais popular, afetando 5% das organizações em todo o mundo, seguido pelo Agent Tesla e Formbook, ambos com um impacto global de 4%. Já em Portugal, o top alterou-se ligeiramente em comparação com os registos globais. Destacou-se o Agent Tesla, com um impacto nacional de 8%, seguido do Formbook, responsável por impactar 5% das organizações portuguesas e, em terceiro lugar, o XMRig, um software de mineração de criptomoeda que afetou 4% das empresas em Portugal.
Principais vulnerabilidades exploradasEste mês, “Web Servers Malicious URL Directory Traversal” ainda é a vulnerabilidade mais comumente explorada, afetando 44% das organizações globalmente, seguida por “Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure” que afeta 43,7% das organizações em todo o mundo. “HTTP Headers Remote Code Execution” permanece em terceiro lugar na lista de vulnerabilidades mais exploradas, com um impacto global de 42%.
Principais malwares móveisEste mês, o AlienBot fica em primeiro lugar nos malwares móveis mais prevalentes, seguido por xHelper e FluBot.
Principais indústrias atacadas em Portugal
Principais indústrias atacadas globalmente
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