A evolução para locais de trabalho digital e os modelos cada vez mais móveis estão a levar as empresas a investir em segurança de dados, cumprindo ao mesmo tempo regulamentos mais rigorosos
De acordo com a previsão dos especialistas, o volume de negócios que se irá mover em 2025 será de 15,9 mil milhões de euros, o que corresponde a um crescimento anual de cerca de 26%. Um relatório recente da IDC Research Spain sublinha a relevância da transferência segura de ficheiros para o fluxo adequado de processos de negócio. "Num mundo que mudou radicalmente nos últimos tempos e em que o teletrabalho está posicionado como a nova forma de desenvolver atividades por parte dos colaboradores, as equipas de IT precisam de fornecer novas ferramentas e canais de comunicação para abordar os seus programas de confidencialidade e segurança da informação", explica Isabel Tovar, analista da IDC Research Spain e autora do relatório. De acordo com a IDC, as ameaças cibernéticas externas cada vez mais sofisticadas são o grande desafio na construção de confiança digital para 36,18% das organizações na EMEA. Por outro lado, proteger dados sensíveis de ciberataques e erros de configuração de IT continua a ser o principal alvo da confiança para 40,11% dos inquiridos. O relatório confirma que o mercado de segurança não é estranho aos desenvolvimentos no processo de digitalização das organizações que estão a realizar fortes medidas para proteger, entre outras, o envio e receção de ficheiros e informações. "Isto resulta numa mudança de segurança para a segurança dos dados e, especificamente, num ambiente híbrido multicloud que é onde o tráfego de dados vai convergir", explica. Neste contexto, os gestores de segurança da organização precisam de abordar a gestão da segurança da transferência de ficheiros a partir de uma abordagem em camadas, independentemente do canal. Não podemos esquecer, neste domínio, que a consciência dos utilizadores é uma parte fundamental das políticas de segurança. A investigação atesta ainda que a segurança do intercâmbio de informações requer a incorporação de ferramentas para certificar a identidade digital dos ficheiros e informações, facilitando assim o processo de deteção de ameaças e permitindo o conceito de "confiança digital". Um grande desafio é o risco enfrentado por trabalhadores remotos ou móveis no envio ou receção de ficheiros e informações devido a arquiteturas VPN rígidas ou desatualizadas e políticas de proteção de dados. Um em cada quatro trabalhadores afirma que em algum momento da sua carreira caíram em vetores de ciberataques. Portanto, sem soluções MFT a empresa coloca os seus dados não estruturados em risco e está exposta a manipulação ou perda. O estudo identifica ainda os regulamentos regionais de dados, o aumento das vulnerabilidades e a cloud híbrida como os principais motores do mercado de soluções de transferência de ficheiros geridos.
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