Presidência da República aposta na sua cibersegurança

A prioridade dos investimentos do Palácio de Belém este ano foram para a cibersegurança. O atual presidente não quer passar pelos mesmos problemas que levaram o seu antecessor a comunicar ao país que estava a ser ciberespiado

Presidência da República aposta na sua cibersegurança

 

Investimentos na área do IT, nomeadamente com a cibersegurança, estão no topo das prioridades da Presidência da Republica, liderando a lista de compras por ajuste direto efetuadas pelo Palácio de Belém no consulado do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo o site Observador, o ajuste direto até agora mais relevante  sob a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa foi na área da cibersegurança, tendo contratado os serviços da empresa portuguesa especializada em segurança e compliance Layer8, por 55.732,24 euros.

A Presidência explica que o “- procedimento correspondeu à aquisição de software e de serviços de manutenção de hardware da solução de segurança dos sistemas de informação da Presidência da República que é da Check Point
Trata-se possivélmente da atualização da firewall  protege a intranet de Belém.

No passado, as falhas de segurança informática em Belém foram tão graves que o anterior Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva, chegou a falar delas numa comunicação televisiva ao país. 
Nunca foi provado quem na verdade espiava o presidente, mas existiram acusações que era o próprio Governo da Republica, na altura presidido por José Sócrates, o que levou mesmo a demissão do assessor de Belém, Fernando Lima, que recentemente lançou o livro "Na Sombra da Presidência" ( Porto Editora) onde reafirma a sua tese.

Ainda antes do “caso das escutas”, foi criada na Presidência em junho de 2009 a Direção de Serviços de Informática, tendo sido dada desde então muita importância à segurança informática no Palácio de Belém.

O tema da segurança informática de dirigentes mundiais esteve em foco nos finais de 2013, na decorrência do caso Snowden / NSA,  levando tanto a  Chancelaria Alemã como a Presidência Francesa a afirmar que também estavam a ser espiados, pelo menos pelo aliado norte-americano.

Ainda de acordo com a notícia publicada pelo Observador, houve mais dois ajustes na área do IT: um para compra de computadores portáteis e outro de software. No caso de software trata-se da aquisição de 33 licenças de Adobe Acrobat Pro DC à empresa ITEN Solutions por 5.251,29 euros, de forma a que os computadores da Presidência possam abrir e editar documentos em PDFs.


Um dia após a chegada de Marcelo, a 16 de Março, houve também uma compra no valor de 5.049,34 euros à empresa GMS para a aquisição de computadores portáteis.
 


Noticia parcialmente editada  com informações do site Observador

 

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