A Kaspersky publicou as conclusões do relatório de Spam & Phishing relativo ao primeiro trimestre de 2019. Portugal está no topo dos mais atacados por phishing e o Instagram é um dos principais alvos a nível global
De entre as conclusões do estudo da Kaspersky, destaca-se que 16,68% dos utilizadores em Portugal sofreram tentativas phishing, tornando o país no quarto maior alvo destes ataques durante o primeiro trimestre de 2019. As novas funcionalidades do Instagram são os principais alvos de ataques, a nível global, e os ataques ao setor bancário cresceram. No que toca à rede social Instagram, os hackers deixam hiperligações nos comentários, registam contas, pagam publicidade e chegam a contratar celebridades para distribuição de conteúdo. Também a “apresentação de novos produtos da Apple” é um chamariz. Na véspera do último lançamento da marca, investigadores da Kaspersky detetaram um grande aumento no número de tentativas de direcionar os utilizadores a páginas web falsas que simulavam ser as páginas dos serviços oficiais da Apple. As vítimas eram convidadas a entrarem numa página de início de sessão falsa da Apple ID. No setor bancário, os ataques a organizações de crédito sofreram um aumento de 5,23 pontos percentuais face ao anterior trimestre analisado. Foram usados métodos como o ataque terrorista em Kraichster. Os hackers esperavam que este 'truque', em conjunto com o nome do banco da Nova Zelândia, apresentado como remetente, daria credibilidade à mensagem. A mensagem pedia que os utilizadores alterassem os detalhes da conta devido a atualizações. Ao fazer o clique na hiperligação, o utilizador chegava a um site de phishing que simulava ser a página do início de sessão da conta pessoal do banco neozelandês. Ataques que utilizam criptomoedas, phishing em nome de serviços de email, serviços falsos de suporte técnico, ou ameaças sobre a difusão de vídeos comprometedores dos utilizadores continuam a ser uma tendência no primeiro período de 2019. O sector bancário continua a ser o primeiro alvo de phishing, seguido pelos portais globais e sistemas de pagamento. No que diz respeito aos países vítimas de ataques de phishing, o país com a maior proporção de utilizadores atacados no primeiro trimestre de 2019 foi o Brasil: 22%. Atrás do Brasil está a Austrália (17%), segue-se Espanha (16,96%) e logo Portugal (16,86%). A Venezuela ocupa o quinto lugar (16,72%). No que diz respeito ao spam, no primeiro trimestre de 2019, a maior proporção registou-se durante o mês de março: 56,3%. A percentagem média de spam no tráfego global de emails foi de 56%. No que diz respeito aos principais países fonte de spam, a China (16%) e os EUA (13%) continuam a ocupar os primeiros lugares no ranking. |