O phishing financeiro está em franco crescimento e, de acordo com os dados recolhidos pela Kaspersky Lab, representa já metade dos ataques de phishing propagados em 2017. o fabricante alerta ainda que nenhum utilizador está a salvo, sendo que os seus dados revelam que os utilizadores de Mac correm um risco cada vez maior
Tradicionalmente, os ataques de phishing propagam-se sob a formas de mensagens, falsas, que simulam ser legítimas. O objetivo destes ataques é obter os dados dos utilizadores e, no caso do phishing financeiro, é obter as credenciais de acesso a créditos e contas bancárias dos utilizadores, bem como os dados necessários para aceder às contas online e roubar as poupanças das vítimas.
Em 2017, as tecnologias anti-phishing da Kaspersky Lab detetaram mais de 246 milhões de tentativas de levar os utilizadores a visitar diferentes tipos de páginas de phishing. A percentagem de phishing financeiro passou de 47,5% em 2016 para 54% no ano passado. Paralelamente, a percentagem de phishing relacionado com sistemas de pagamento e lojas virtuais atingiu os 16% e 11% em 2017, respetivamente, uma percentagem ligeiramente superior, em pontos percentuais, aos valores de 2016. Os ciberataques relacionados com a categoria “Portais da Internet”, onde se incluem motores de busca mundiais, redes sociais, etc., caíram do segundo lugar em 2016 para o quarto em 2017, com uma diminuição de mais de 13 pontos percentuais, o que revela que os hackers têm um interesse cada vez menor na utilização deste tipo de contas para roubar, preferindo aceder diretamente aos fundos. Os dados demonstram também que os utilizadores Mac estão cada vez mais em risco. Contrariamente à ideia que existe destes dispositivos, 31,38% dos ataques phishing em 2016 contra os utilizadores desta plataforma tinham como objetivo o roubo de dados financeiros. Em 2017, esta percentagem aumentou para 55,6%. “O crescente interesse dos hackers em levar a cabo ataques de phishing financeiro é uma mensagem clara para os utilizadores se manterem alerta. Para obterem o nosso dinheiro, os hackers procuram constantemente novos métodos e técnicas. Devemos trabalhar para evitar que atinjam o seu objetivo investindo constantemente em formação na área da cibersegurança”, afirma Nadezhda Demidova, investigadora principal de Conteúdos Web na Kaspersky Lab. Durante o ano passado o malware bancário diminuiu 30%, de 1.088.900 ataques detetados em 2016 para 767.072 em 2017. Em 2017 o número de utilizadores que se depararam com malware bancário Android também diminuiu, quase 15%, para 259.828 em todo o mundo. |