Orçamentos de cibersegurança deverão crescer 40% em 2025

A descentralização das operações criminosas e o aumento dos ataques a administrações públicas e governos estão a impulsionar um crescimento significativo nos orçamentos de cibersegurança das empresas em 2025

Orçamentos de cibersegurança deverão crescer 40% em 2025

As empresas vão reforçar os seus orçamentos de cibersegurança em cerca de 40% durante 2025, numa resposta direta à crescente sofisticação dos ciberataques e à expansão dos grupos de ransomware. A conclusão é avançada no mais recente relatório de Tendências e Ciberameaças da NTT Data, que analisou a atividade maliciosa a nível global no segundo semestre de 2024.

De acordo com o relatório, o número de grupos especializados em ransomware aumentou de cerca de 60 em 2022 para quase cem em 2024, o que contribuiu para uma subida de 35% na despesa empresarial com cibersegurança no ano passado. Estima-se ainda que os investimentos cresçam entre 20% e 30% nos próximos meses.

A descentralização das operações criminosas é apontada como uma das tendências emergentes. Pressionados pelas ações das autoridades internacionais, muitos cibercriminosos passaram a atuar em grupos mais pequenos, tornando-se mais difíceis de rastrear. Em dezembro de 2024, foi registado o maior número de vítimas de sempre num único mês, refletindo uma escalada sem precedentes na atividade criminosa online.

A cibersegurança já não é apenas uma questão tecnológica, mas uma responsabilidade de gestão”, sublinha Mauro Almeida, Head of Cybersecurity da NTT DATA Portugal. “A evolução das ameaças exige uma abordagem estruturada, onde a prevenção, deteção e resposta rápida fazem parte integrante da estratégia das organizações. Proteger dados, infraestruturas e a confiança dos clientes é hoje uma condição essencial para a competitividade e sustentabilidade no mercado”.

O relatório da NTT Data identifica as administrações públicas e os governos como os alvos mais visados, com 1.876 ataques registados entre julho e dezembro de 2024. No setor da educação, o número de ataques subiu para 1.440, impulsionado pelo interesse dos atacantes em propriedade intelectual e dados pessoais. Já o setor financeiro registou 658 incidentes, destacando-se pelo elevado valor das informações bancárias transnacionais.

Face ao domínio do ransomware como principal ameaça, a adoção de estratégias robustas de prevenção e resposta é considerada urgente. A cibersegurança deixa, assim, de ser vista apenas como fator de risco, passando a representar um pilar estratégico para a continuidade do negócio em ambientes digitais cada vez mais hostis.

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