Apenas 34% dos colaboradores das pequenas empresas recebeu instruções sobre como trabalhar em segurança com computadores portáteis pessoais, tablets e smartphones durante o período de isolamento social
Trabalhar a partir de dispositivos pessoais tornou-se uma necessidade para algumas pequenas organizações, já que a pandemia da COVID-19 colocou muitos dos seus colaboradores a desempenharem as suas funções desde casa. Mesmo após o confinamento, esta prática continua a ser relevante para algumas empresas, uma vez que dá maior liberdade aos funcionários para darem resposta a qualquer hora, em qualquer lugar, tendo ainda a mais-valia que permite a poupança de recursos às organizações, pois assim não têm que disponibilizar equipamentos próprios aos colaboradores. No entanto, para além de todos estes benefícios, as empresas devem também lembrar-se que é essencial proteger os dispositivos pessoais das equipas, salvaguardando que os dados sensíveis do negócio e dos seus clientes armazenados nestes aparelhos permanecem seguros de ataques de ransomware ou outras infeções por malware. Durante a pandemia, três em cada cinco colaboradores de pequenas organizações (57%) não receberam dispositivos de trabalho das suas entidades empregadoras, em comparação com cerca de 45% dos trabalhadores de todas as empresas inquiridas, conclui a investigação da Kaspersky. Embora muitas das pequenas empresas possam não ter recursos para disponibilizar equipamentos, apenas um terço dos seus colaboradores (34%) indicou que lhes foram dados alguns requisitos de segurança informática para trabalharem em segurança nos seus dispositivos pessoais. Estes requisitos podem incluir, por exemplo, terem uma solução anti-malware instalada pelo utilizador ou fornecida pela organização, usar passwords fortes e únicas em dispositivos e routers Wi-Fi, bem como atualizar regularmente os sistemas operativos dos aparelhos, de forma a reduzir os riscos de vulnerabilidades não corrigidas. Uma série de instruções que recentemente se tornaram ainda mais necessárias, dado que 35% dos colaboradores de pequenas empresas admitiram ter começado a guardar mais informação corporativa sensível e valiosa nos seus equipamentos pessoais e em serviços de armazenamento de dados na cloud (25%). "As pequenas empresas estão a enfrentar circunstâncias difíceis, devido à pandemia, sendo a sua primeira prioridade salvar o negócio e o posto de trabalho dos seus colaboradores. Por isso, não é com surpresa que vimos a cibersegurança vir em segundo plano. No entanto, a implementação de requisitos básicos de segurança informática pode diminuir as hipóteses de infeção por malware, de pagamentos comprometidos ou de perda de dados empresariais. Além disso, as empresas beneficiam de existirem já muitas recomendações dadas por especialistas em cibersegurança que estas podem partilhar com os funcionários. E, claro, estes requisitos devem ser seguidos não apenas durante esta fase, mas também se os colaboradores passarem a trabalhar remotamente no futuro", comenta Andrey Dankevich, Senior Product Marketing Manager, B2B Product Marketing da Kaspersky. |