IoT é principal fonte de risco para 75% dos operadores de telecomunicações

Os dados foram recolhidos através de um inquérito a cerca de 250 profissionais da área de gestão de risco, de 60 operadores mundiais, reunidos no evento anual WeDo User Group, que teve lugar em maio

IoT é principal fonte de risco para 75% dos operadores de telecomunicações

O evento reuniu alguns dos profisisonais mais influentes e estrategas da área de gestão de risco na indústria de telecomunicações, sob o tema ‘Hidden Risks’. Os presentes quando questionados sobre qual seria a disrupção tecnológica que pudesse ser a maior fonte de risco para a Indústria das Telecomunicações, os resultados foram claros: 79% apontaram a IoT, como a disrupção de negócio com capacidade de disseminação de novos riscos. Seguiu-se a Inteligência Artificial, com 13%,  sendo uma tecnologia que, apesar de poder aumentar a eficácia do combate à fraude, tem potencial para tornar os esquemas de fraude mais criativos e sofisticados.

Foi também percetível a mudança de perspetivas entre 2017 e 2018 sobre este tema. Cerca de 43% dos auscultados apontaram a fraude de subscrição e identidade como a prioridade a ser endereçada pelos departamentos de risco dos operadores. No ano passado, apenas 2% escolheram essa opção, o que comprova a maior preocupação nos casos de phishing que têm vindo a público nos últimos meses.

A fraude de subscrição apesar do enorme controlo existente é real e, cada vez, mais frequente. Vários estudos apontam a perda anual de fraude entre 3 e 8% da receita anual. Os últimos relatórios do setor apresentam perdas por fraude de subscrição na ordem dos 5,22 mil milhões de dólares, que representam cerca de 40% de todas as perdas. Esse, é sem dúvida, o maior tipo de fraude do momento, daí ter sido referido por 43% da audiência.

Ficou também clara a preocupação dos operadores com o seu papel na cadeia de valor e com a identificação de novos modelos de negócio, para lá das suas linhas tradicionais. Interrogados sobre qual a posição que iriam ocupar na cadeia de valor de IoT, 57% afirmaram que o seu papel iria além de simples fornecedores de conetividade, posicionando-se também na entrega de plataformas agregadoras de dados, bem como no desenvolvimento de aplicações finais de IoT.

Já a adoção de soluções de gestão de risco baseadas em cloud permanece uma oportunidade, com vários projetos de cloudificação da oferta discutidos durante o evento, apesar de uma grande parte dos operadores ainda não terem um plano claramente definido para todo o seu panorama aplicacional. Quando interrogados, 24% estão neste momento a analisar ou a utilizar já uma solução de Cloud, enquanto que 42% não sabem quando é que a sua empresa fará esta adoção.

“Estes dados permitem-nos retirar bastante valor, tornando este evento não só um Forúm para se debater temas da Indústria das Telecomunicações, como também um momento para refletir, aprender e construir novos caminhos em conjunto com os nossos clientes e parceiros.” Ficou claro para Rui Paiva que “Existem ainda muitos desafios a transpor no que toca o risco associado às empresas de Telecom, mas as nossas soluções de Gestão de Risco estão no bom caminho para os mitigar”, refere Rui Paiva, CEO da WeDo Technologies.

Tags

NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.