Tal como outros países como o Reino Unido, os EUA e a União Europeia, a China está já a desenvolver regulamentações sobre estas novas tecnologias
As ferramentas de inteligência artificial generativas como o ChatGPT podem representar um “sério desafio” tem termos de governance, regulação e mercado de trabalho na China. As conclusões constam do novo relatório do órgão regulador chinês, a Cyberspace Administration of China (CAC). A China está já em campo a desenvolver regulamentações ao nível da IA, tal como outros países como é o caso do Reino Unido, dos EUA e do bloco europeu. O ChatGPT, recorde-se, não está disponível na China, mas várias empresas nacionais implantaram versões teste das suas próprias tecnologias semelhantes. O relatório do regulador aponta para uma “degeneração de valores”, com origem na adoção aleatória da IA generativa e de outras tecnologias como a Web3 e a computação quântica. O CAC emitiu em abril passado um projeto para a regulamentação da prestação de serviços de IA generativa na China, com foco para as medidas a tomar para evitar conteúdo discriminatório, informações falsas ou conteúdo que coloque em causa a propriedade intelectual ou até a privacidade ao nível pessoal. As cadeias de abastecimento podem também ser um alvo, uma vez que o documento alerta para a “batalha” existente sobre tecnologias essenciais, como é o caso da produção de chips de computadores nos EUA e na China. O relatório conclui que o governo chinês continua preocupado com os potenciais riscos destas inovações, reconhecendo, no entanto, a necessidade de aproveitar também as oportunidades que surgem destas tecnologias avançadas. |