A Huawei foi excluída de um programa federal de subsídios, alegando os Estados Unidos que a empresa representa uma ameaça à sua segurança nacional. A empresa chinesa já recorreu da decisão
A Huawei recorreu, num tribunal dos Estados Unidos, da decisão do regulador de comunicações de proibir as operadoras do país de usarem subsídios públicos para comprarem equipamentos à chinesa. A equipa jurídica da Huawei assinala que a decisão da Comissão Federal de Comunicações dos EUA é “ilegal”, viola os direitos da empresa de se defender e tem como base conclusões “arbitrárias”. Segundo a Huawei, a decisão afetará as operadoras de telecomunicações dos EUA — especialmente nas áreas rurais –, implicando que paguem mais para obter equipamento, e poderá mesmo levar à falência de pequenos negócios nessas áreas, refere a Agência Lusa. “A decisão é baseada em falsas acusações e insinuações, não confiáveis e inadmissíveis e, para além disso, não há evidências”, refriu Glen Nager, advogado do grupo. Nager acredita também que a Comissão Federal de Comunicações “não tem autoridade nem critérios” para tomar aquela decisão. “Banir uma empresa simplesmente porque é chinesa não faz sentido. Os EUA devem entender que outras empresas, como a Ericsson e a Nokia, também fabricam equipamento na China”, afirmou Song Liuping, chefe do departamento jurídico da Huawei, indicando que quaisquer equipamentos fabricados na China acarretam os mesmos riscos que se imputam à Huawei. |