Estudo indica que número de ciberataques ligados ao conflito Rússia-Ucrânia é baixo

Um estudo que junta investigadores de três universidades indica que, ao contrário do que inicialmente esperado, o número de ciberataques ligados ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia tiveram um baixo impacto e que é improvável que aumente drasticamente

Estudo indica que número de ciberataques ligados ao conflito Rússia-Ucrânia é baixo

Investigadores da Universidade de Cambridge, da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Strathclyde examinaram dados desde dois meses antes da invasão russa à Ucrânia começar e até quatro meses após o início e chegaram à conclusão de que o número de ciberataques ligados ao conflito teve um impacto menor e que é pouco provável que aumente.

Os investigadores analisaram 281 mil ataques web, 1,7 milhões de ataques DDoS e centenas de anúncios no Telegram, utilizados por cibergrupos para coordenar a sua atividade. De acordo com a análise, a Rússia foi o primeiro país a ser atacado em escala, seguido da Ucrânia alguns dias depois. O aumento de ciberataques durou cerca de duas semanas até voltar para níveis pré-conflito.

Por volta do início do conflito, vários grupos de ransomware tomaram o seu lado no conflito, prometendo destruição e instabilidade no ciberespaço. No entanto, segundo o estudo, os hacktivistas usaram, sobretudo, ataques DDoS que tornaram os sites temporariamente inutilizáveis e ataques onde o website é alterado.

Em vez de atacar infraestruturas críticas, como era esperado, os cibergrupos atacaram sites “triviais, inofensivos e defuntos” com domínios russos ou ucranianos, incluindo serviços de streaming e serviços de entrega de comida, por exemplo.

Os investigadores indicam, também, que apesar das atenções estarem viradas para os ciberataques no conflito entre a Ucrânia e a Rússia, estes são apenas uma pequena porção dos ciberataques em todo o mundo; em ataques DDoS, a Ucrânia e a Rússia correspondem, em conjunto, a 5% de todos os ataques do género, ficando muito atrás das vítimas norte-americanas (25% dos casos).

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