O coronavirus tem obrigado muitas organizações a forçar as equipas de segurança a trabalhar remotamente, aumentando os níveis de pressão a que estão sujeitos
As equipas de cibersegurança enfrentam novos desafios uma vez que a pandemia COVID-19 forçou muitos centros de operações de segurança (SOC) a trabalhar remotamente, tendo também de lidar com novas ameaças – tudo isto está a levar a maiores cargas de trabalho e a um aumento de patologias como o burnout. Uma pesquisa do Instituto Ponemon e da Respond Software descobriu que a pandemia coronavírus está a aumentar as horas e a carga de trabalho dos profissionais de cibersegurança, uma profissão que por si só, já apresente altos níveis de intensidade e pressão. Mais de um terço dos ambientes SOC começaram a trabalhar remotamente como resultado da pandemia. Embora isto tenha compreensivelmente acontecido para proteger os colaboradores do vírus, mais de metade dos profissionais que trabalham remotamente dizem que tal situação teve um impacto nas operações. As equipas de segurança têm de lidar com uma série de ameaças, incluindo phishing, malware e ransomware e a mudança para o trabalho remoto forneceu aos criminosos virtuais e hackers, mais possibilidades de entrar em redes corporativas à medida que os colaboradores se conectam aos sistemas de trabalho a partir das suas ligações à Internet doméstica e até mesmo aos seus computadores pessoais. Esta situação criou desafios adicionais enquanto as equipas de segurança também estão a tentar equilibrar o trabalho com a pressãode trabalhar a partir de casa. "Trabalhar remotamente está sujeito a distrações que normalmente não se tem num SOC físico, como família, amigos, animais de estimação, colegas de quarto ou mesmo não ter uma boa instalação em casa, como trabalhar a partir do sofá", explica Chris Triolo, vice-presidente da Respond Software. Alguns profissionais de segurança estão a deixar as suas funções devido ao burnout enquanto as organizações tentam atrair e reter os trabalhadores, oferecendo salários mais elevados. "O SOC funciona melhor quando é presencial. No entanto, é seguro dizer que algumas organizações podem preferir manter o SOC remoto devido a vários fatores, incluindo a redução dos custos de aluguer do espaço de escritório", explica Triolo. "Independentemente de o SOC voltar a ser uma entidade presencial ou não, as organizações já aprenderam que os planos de catástrofe e emergência precisam de ir além de um desastre físico como um incêndio ou uma inundação. Temos de começar a pensar em situações como uma pandemia em que os analistas de segurança podem estar fisicamente deslocados e incapazes de estar em segurança juntos na mesma sala no trabalho", conclui. |