Enquanto em 2018 31% das empresas tomavam esta decisão, em 2021, apenas 21% o fizeram.
Num ambiente de cibersegurança desafiante, a procura de talento em cibersegurança continua elevada, mas a escassa oferta de profissionais com as competências pretendidas, também, permanece um desafio para as organizações. Da mesma forma, a retenção de talento é fundamental para as empresas e, segundo um estudo da Kaspersky – IT Security Economics 2021: Managing the trend of growing IT complexity – há mudanças na forma como as organizações respondem a falhas de cibersegurança do ponto de vista dos recursos humanos – menos empresas estão a despedir os funcionários no seguimento de violações de dados. Enquanto em 2018 31% das empresas tomavam esta decisão, em 2021, apenas 21% o fizeram. No ano passado, foi reduzido para quase metade o número de organizações que despediram colaboradores de IT de alto nível (7%) e de alto nível de segurança de IT (8%), após um incidente grave. Além disso, a tipologia dos funcionários que podem perder os empregos como consequência de uma violação da cibersegurança também mudou. Além dos cargos de segurança de IT e de segurança informática, as probabilidades de despedimentos entre gestores de equipas também reduziram 4% em 2021. "A consolidação do teletrabalho e processos remotos aumentou a pressão sobre o setor da segurança da informação. Com o aumento da procura de empregos em cibersegurança e uma oferta escassa de profissionais qualificados, as empresas estão a perceber o valor dos seus executivos de segurança sénior e a necessidade de colmatar a lacuna de talento", afirma Evgeniya Naumova, Vice-Presidente Executiva de Corporate Business na Kaspersky. Adicionalmente, a vontade de reter o talento e cultivar o espírito de aprendizagem tem-se vindo a refletir nos orçamentos das empresas e 38% das empresas assinalam a necessidade de melhorar o nível de conhecimentos especializados em segurança como a principal razão para aumentar o seu orçamento de segurança de IT. Contudo, por outro lado, o aumento dos investimentos reflete, também, um aumento de complexidade das infraestruturas de IT (47%). Além disso, ao investir em especialistas internos, as organizações estão tencionam reter conhecimentos para que possam alavancar as suas competências no futuro. |