O botnet impactou 11% das organizações portuguesas em janeiro
Passados dois meses e meio após o seu regresso, o Emotet volta ao lugar de topo. A Check Point Research (CPR) publicou o já habitual Índice Global de Ameaças referente a janeiro de 2022, no qual os investigadores alertam para o regresso do Emotet ao primeiro lugar da lista mundial, destronando o Trickbot. O ranking português segue a tendência, com o Emotet a impactar 11% das organizações portuguesas. O botnet Emotet é habitualmente disseminado através de emails de phishing com anexos ou links maliciosos, e o seu crescimento foi impulsionado pela prevalência do Trickbot entre as ameaças mais frequentes, funcionando como catalisador e contribuindo para a disseminação do malware. “Não surpreende que o Emotet esteja de volta em grande forma. É um malware evasivo, é difícil de detetar, e utiliza múltiplos métodos para infetar redes, o que contribui ainda mais para o crescimento desta ameaça. É pouco provável que este seja um problema resolvido a curto prazo”, afirma Maya Horowitz, VP Research na Check Point Software. O Índice indica, ainda, que o Dridex já não consta do top 10 de ameaças, tendo sido substituído pelo Lokibot, um InfoStealer utilizado para obter dados pessoais, como credenciais de email, palavras-passe para wallets de CryptoCoin e servidores FTP. “Este mês, vimos também o Dridex desaparecer do top10 de ameaças e o Lokibot a reaparecer. O Lokibot aproveita-se das vítimas nos seus momentos mais frágeis, sendo distribuído através de e-mails de phishing muito bem escritos. Estas ameaças, juntamente com a batalha em curso com a vulnerabilidade do Log4j, sublinham a importância de contar com as melhores soluções de segurança de rede, cloud, mobile e endpoints de utilizador”, acrescenta Maya Horowitz. A Saúde foi o setor mais atacado em Portugal, seguido da Educação/Investigação e, em terceiro lugar, as Utilities. Na Europa, o top é liderado pelo setor da Educação/Investigação, seguido da Administração Pública/Setor Militar e as Comunicações, e, no mundo, o setor da Educação/Investigação mantém-se o mais atacado, seguido da Administração Pública/Setor Militar e do setor ISP/MSP. Principais famílias de malwareEste mês, o Emotet é o malware mais perigoso do mundo, com um impacto de 6% das organizações do mundo. É seguido de perto pelo Trickbot, com um impacto de 4%, e pelo Formbook, com um impacto de 3%. Também em Portugal a lista é liderada pelo Emotet, com um impacto nacional de 11%. Seguem-se o AgentTesla, um trojan de acesso remoto que funciona como keylogger e que em Portugal impactou 4% das organizações; e o XMRig, um software de mineração de criptomoeda com um impacto de 3%.
Principais vulnerabilidades exploradasEste mês, a Apache Log4j Remote Code Execution é a vulnerabilidade mais comumente explorada, afetando 47.4% das organizações globalmente, seguida pela Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure que afeta 45% das organizações em todo o mundo. A HTTP Headers Remote Code Execution permanece em terceiro lugar na lista de vulnerabilidades mais exploradas, com um impacto global de 42%.
Principais malwares móveisEste mês, o xHelper fica em primeiro lugar na lista de malware móveis mais prevalentes, seguido pelo AlienBot e pelo FluBot.
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