Suspeitas recaem numa alegada quebra de segurança nos computadores do Estado-Maior-General das Forças Armadas, das secretas militares e da Direção Geral de Recursos de Defesa Nacional.
Um conjunto de documentos considerados secretos e confidenciais enviados pela NATO a Portugal foram colocados à venda na dark web. Segundo avança o Diário de Notícias, que cita fontes ligadas ao caso, a situação foi já considerada de “extrema gravidade”. “Foi um ciberataque prolongado no tempo e indetetável”, indicou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), citado pelo mesmo órgão de comunicação social. As suspeitas recaem numa alegada quebra de segurança nos computadores do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), assim como nas secretas militares (CISMIL) e da Direção Geral de Recursos de Defesa Nacional. O ciberataque chegou ao conhecimento do primeiro-ministro português, António Costa, através dos Serviços de Informação norte-americanos. De acordo com o jornal, terá sido a inteligência norte-americana a detetar os documentos classificados na Internet. Membros do governo português deverão deslocar-se ao quartel-general da NATO, em Bruxelas, já na próxima semana, para uma reunião de alto nível na NATO Office of Security e com a presença do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo, que detém a tutela do Gabinete Nacional de Segurança, e o próprio diretor-geral do mesmo, vice-almirante Gameiro Marques. Em declarações à CNN Portugal, Hugo Costeira, do Observatório de Segurança Interna, defende que o caso “tem de ser analisado com grande cautela e tem que ser evitada de certa forma a exposição pública dos assuntos que terão sido expostos”. Hugo Costeira considera que Portugal “está a perder a corrida nos últimos anos para se autopreservar em termos de cibersegurança”. |