Empresas de reconhecimento facial utilizam fotografias com máscaras retiradas de redes sociais para melhorar algoritmos
A pandemia COVID-19 está a fazer com que o uso de máscaras faciais seja indispensável e as empresas de reconhecimento fácil estão a esforçar-se para acompanhar esta realidade. As máscaras faciais cobrem uma parte significativa do que o reconhecimento facial precisa para identificar e detetar pessoas. Esta situação ameaça o futuro desta indústria, a menos que a tecnologia possa aprender a reconhecer pessoas nestes parâmetros. As empresas de reconhecimento facial há muito que usam imagens de pessoas retiradas de redes socias sem consentimento para treinar os seus algoritmos. Os defensores da liberdade civil defendem que a tecnologia de reconhecimento facial ameaça a privacidade e a liberdade de expressão, alertando também que não existem leis que impeçam o abuso das ferramentas de vigilância. As empresas de reconhecimento facial precisam ainda de um conjunto diversificado de imagens para que os algoritmos possam reconhecer melhor as mulheres, pessoas de cor, pessoas de diferentes idades e uma variedade de tipos de máscaras. "Não permitimos que terceiros recolham ou utilizem fotografias publicadas pelos nossos utilizadores desta forma, sem o seu consentimento. Vamos continuar a investigar esta situação", afirmou o Facebook em comunicado. A prática de tirar fotografias das pessoas das redes sociais para melhorar algoritmos de reconhecimento facial não é nova, mas o foco nas máscaras faciais por causa do COVID-19 é. Há uma urgência entre os criadores da tecnologia de deteção de máscaras faciais como uma preocupação de segurança pública, onde as questões éticas surgem quando as imagens são recolhidas sem consentimento. |