COVID-19 foi o tema mais explorado para ciberataques

Durante o primeiro semestre de 2020, a COVID-19 e os temas a si relacionados foram explorados para originar ciberataques criminosos e políticos em todas as redes, cloud e mobile

COVID-19 foi o tema mais explorado para ciberataques

A Check Point Research lançou o “Cyber Attack Trends: 2020 Mid-Year Report” que mostra como os atores de ameaças criminosas, políticas e de nação-estado exploraram a pandemia COVID-19 e temas a si relacionados para atingir organizações em todos os setores de atividade, incluindo governos, indústria, saúde, prestadores de serviços, infraestruturas críticas e consumidores. 

Os ataques de phishing e de malware relacionados com a COVID-19 aumentaram drasticamente de menos de cinco mil por semana em fevereiro, para mais de 200 mil por semana em abril. Também em maio e junho, com os países a entrarem numa fase de desconfinamento, os agentes de ameaças voltaram a alterar os seus ataques referentes à COVID-19, resultando num aumento de 34% em todos os tipos de ciberataques a nível global no final de junho, em comparação com março e abril. 

Segundo o relatório, as principais tendências durante o primeiro semestre incluem:  

  • Guerra cibernética: os ciberataques de nações-estado aumentaram de intensidade e severidade durante o primeiro trimestre enquanto os países procuravam juntar informação sobre ou para impedir a forma como os seus inimigos estavam a lidar com a pandemia. Estes ataques estenderam-se a organizações humanitárias e de saúde como é o caso da Organização Mundial de Saúde, que reportou um aumento de 500% de ataques.  
  • Ataques de dupla-extorsão: em 2020, uma nova forma de ataque de ransomware que rapidamente foi adotada pelos atacantes para extrair elevadas quantidades de dados antes de os encriptar. As vítimas que se recusavam a pagar o resgate são ameaçadas com a divulgação dos dados, criando uma pressão adicional para aceitarem as exigências dos criminosos.  
  • Exploração mobile: os agentes de ameaças têm procurado novos vetores de infeção mobile, melhorando as suas técnicas para ultrapassar as proteções de segurança e colocarem apps maliciosas nas lojas oficiais de aplicações. Num ataque inovador, estes agentes utilizam o sistema de Mobile Device Management (MDM) de uma grande organização internacional para distribuir malware para mais de 75% dos dispositivos móveis por si geridos. 
  • Exposição na cloud: a rápida passagem para clouds públicas durante a pandemia levou a um aumento de ataques focados em processos cloud críticos e aos dados aí arquivados. Os agentes de ameaças estão também a usar a infraestrutura cloud para alojar os ataques maliciosos. Em janeiro, os investigadores da Check Point descobriram a primeira vulnerabilidade crítica no Microsoft Azure que poderia permitir aos hackers comprometer dados e apps de outros utilizadores Azure, mostrando como as clouds públicas não se encontram totalmente seguras. 

A resposta global à pandemia transformou e acelerou os modelos de ataque normais dos agentes de ameaças durante a primeira metade do ano, para explorar os receios em torno da COVID-19. Vimos também a emergir novas vulnerabilidades e vetores de ataques, que ameaçam a segurança das organizações de todos os setores de atividade”, refere Maya Horowitz, Director, Threat Intelligence & Research, Products da Check Point. “Os especialistas de segurança precisam de estar alertas para estas ameaças em constante evolução de modo a que possam assegurar que as suas organizações têm os melhores níveis de segurança possível durante o resto do ano de 2020”.

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