A Gartner estima que em 2020 estarão em utilização 21 mil milhões de dispositivos de Internet of Things (IoT). Contudo, no que toca às organizações, esta tecnologia levanta questões relacionadas com a segurança
Tal como apontado pela consultora, as organizações de IT não são capazes de reconhecer de forma clara os dispositivos de IoT e de os caraterizar como parte da sua política corrente de acesso à rede. Deste modo, torna-se necessário que os líderes de infraestrutura e operações atualizem essa mesma política de modo a conseguirem prevenir ataques dirigidos a estes dispositivos. "Ao adoptarem uma estratégia que inclui o Bring Your Own Device (BYOD), as organizações terão de integrar os dispositivos dos seus colaboradores na rede da empresa, assim como os 21 mil milhões que a Gartner projeta que deverão requerer acesso à rede da empresa", indica Tim Zimmermann, research vice president, Gartner. "Quer seja uma câmara de videovigilância para um parque de estacionamento, um detetor de movimento numa sala de conferências- e particularmente em dispositivos "headless"- é mais difícil de gerir e assegurar". Muitos dispositivos de IoT utilizarão a largura de banda da rede das empresas facultada pela organização de IT (wireless 1.3 Gbps of 802.11ac Wave 1 or 1.7 Gbps of 802.11ac Wave 2). Porém, é imperativo que a organização de IT colabore diretamente com a gestão de infraestrutura e as unidades de negócio de modo a identificar todos os dispositivos e projetos conetados à infraestrutura da empresa. Depois de todos os dispositivos alocados à rede serem identificados, a Gartner aconselha as organizações a criarem ou modificarem a política de acesso à rede como parte do reforço da política da própria empresa. Assim, ficará determinado se, e como, estes dispositivos se conetam. Num passo seguinte, para conseguirem monitorizar o acesso e prioridade dos dispositivos de IoT, os líderes de infraestrutura e operações terão também de considerar melhores práticas adicionais relacionadas com a rede. À medida que a conexão via Wi-Fi destes dispositivos aumenta, é também necessário definir políticas de conetividade. A Gartner aconselha os líderes de infraestrutura e operações a criarem também segmentos virtuais. Assim, permitirão que os arquitetos de rede separem todos os dispositivos de IoT de outro tipo de tráfego. O conceito de segmentos virtuais ainda precisa de amadurecer, mas a Gartner prevê que as suas caraterísticas permitam que os arquitetos sejam capazes de priorizar o tráfego dos diversos segmentos virtuais em comparação com o restante tráfego de rede. |