Segundo um relatório do Grupo Zurich e do Atlantic Council, em 2030 o custo do cibercrime para a economia global deverá ser de 106 biliões de euros (USD 120 trillion). No entanto, o benefício global de utilização da Internet deverá ultrapassar o custo dos ataques cibernéticos em cerca de 170 biliões de euros.
Este estudo, agora divulgado, teve o propósito de determinar os benefícios globais da Internet em termos de inovação e produtividade. Este ano, os gastos com a segurança cibernética atingem os 221 mil milhões de euros e o mesmo estudo prevê que em 2030 esse número suba para o dobro. O relatório estuda o impacto económico dos custos versus benefícios do ciberespaço e interconetividade com recurso a quatro cenários possíveis. No cenário mais otimista, o boom tecnológico é suportado e gerido com forte segurança cibernética, o que se traduz num lucro global de cerca de 170 biliões de euros para o ano de 2030 – 26 biliões de euros acima da atual projeção. Já o pior cenário apresentado prevê um estado de cibercrime com um impacto negativo de 2.5% na economia global. Ainda que este valor não revele que os riscos globais da Internet superem os seus benefícios, demonstra que a falha na segurança cibernética poderá levar a uma perda global de 80 biliões de euros face à trajetória atual. Para além da leitura dos potenciais cenários, o estudo fornece ainda recomendações específicas de como mitigar os riscos do ciberespaço, através de novos protocolos e leis, que tenham em conta estratégias de resiliência como fator chave. Entre as recomendações para as empresas, este relatório sugere uma aposta contínua na resiliência e na importância de responder rápida e eficazmente a uma disrupção ou crise. Isto inclui medidas como planeamento de cenários de crise e realização de exercícios, considerando os cenários mais negativos para a estratégia de negócio. Ao nível dos decisores de cada país, o relatório recomenda que trabalhem em conjunto com o setor privado na procura por soluções da próxima geração, dando prioridade a investimentos que procurem a estabilidade, governança e resiliência. |