Ciberameaças no top 3 dos principais riscos para o mundo

Os ciberataques aparecem no top 3 das ameaças globais, abaixo apenas de eventos climáticos extremos e desastres naturais, de acordo com um relatório recente do Fórum Económico Mundial

Ciberameaças no top 3 dos principais riscos para o mundo

Já nenhuma nação vive sem internet e sem o apoio de serviços conetados. No entanto, embora esta seja uma evolução importante para a sociedade, é também um enorme risco e, de acordo com um relatório do Fórum Económico Mundial (WEF), esta dependência reflete-se  num dos maiores riscos que o mundo enfrenta hoje, encontrando-se atrás apenas de eventos climáticos extremos e desastres naturais.

O ransomware continua a ser uma das maiores perigosas ferram,entas de ataque e o seu contínuo crescimento é alarmante. Exemplo disso é o WannaCry, que afetou 300 mil computadores em 150 países e impactou infraestrutura em todo o mundo, incluindo o NHS do Reino Unido, e o Petya - o que causou perdas de mais de US $ 300 milhões para várias organizações. Estes populares ataques, porém, são inofensidos quando comparados com a possibilidade da existência de cibercriminosos apoiados por uma nação ou por crime organizado, capazes de dirigir a sua atenção para a indústria e infraestruturas críticas.

Outras das ameaças que npreocupa o FEM é o phishing, visto que, de acordo com o seu relatório,  64% de todos os e-mails de phishing maliciosos enviados durante 2017 contiveram malware de encriptação de ficheiros."No pior dos casos, os atacantes poderiam desencadear uma quebra nos sistemas que mantêm as sociedades a funcionar", adverte o relatório.

 

As principais ameaças de acordo com o Global Risks Landscape 2018 do World Economic Forum  

 

No Relatório de Riscos Globais publicado no ano passado, o FEM vinha já chamar a atenção para  a potencial ameaça alocada aos dispositivos inseguros de IoT. Este ano, o crescente número de  incidentes de segurança relacionados com a IoT volta a estar em destaque, com os hackers a voltarem cada vez mais atenção para estes dispositivos como potencial backdoor para redes.

"Os cibercriminosos têm um número exponencialmente crescente de potenciais alvos, porque o uso de serviços cloud continua a acelerar e a Internet of Things dever-se-á expandir de cerca de 8,4 mil milhões de dispositivos em 2017 para uma previsão de 20,4 mil milhões em 2020", diz o relatório, acrescentando: "O que seria uma vez considerado como um ciberataque em grande escala está agora a tornar-se normal".

Também, com a  maioria dos ataques a sistemas críticos e estratégicos a não serem bem sucedidos, o FEM aponta para um aumento do número de tentativas de ataques, sugerindo que os riscos estão a aumentar, especialmente devido à natureza interconectada do mundo, que pode conduzir a ataques com choques sistémicos "irreversíveis".

O relatório revela, porém, que as abordagens ao ciber-risco estão a melhorar, argumentando que ainda é necessário fazer muito mais para proteger as organizações - e a sociedade como um todo - dos ataques.

O FEM adverte ainda para a possibilidade de uma "guerra sem regras" se o conflito entre estados aumentar de forma imprevisível devido à ausência de regras de ciberguerra. As consequências de um cenário deste género podem ser bastante graves e  os ataques e retaliações poderão atingir alvos não intencionais.

Download do relatório completo em .pdf

Tags

NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.