A rede de internet chinesa assemelha-se a uma intranet gigante, conclui uma pesquisa publicada pela Oracle. É uma estrutura sem paralelo no mundo, mas que pode ser replicada por outros países
O país tem muito poucos pontos de conexão com a internet global e não tem nenhuma empresa de telecomunicações estrangeira a funcionar dentro das suas fronteiras. Além disto, o tráfego de internet interno (China – China) nunca sai do país, sem passar por múltiplos servidores intermediários como acontece noutros países. A internet da China poderia continuar a operar como intranet nacional no caso de um ciberataque ou intervenção estrangeira – “isto significa que o resto do mundo poderia estar impedido de se conectar na China, e a China impedida de se conectar com o resto do mundo”, refere Dave Allen, representante da Oracle. Em vez de permitir que empresas de telecomunicações estrangeiras entrem no país, são as operadoras locais que ampliam a infraestrutura chinesa para outros países, e lá interligam-se com a internet global. Esta estrutura assemelha-se a uma intranet corporativa e permite que a China consiga limitar os conteúdos disponíveis na internet e também consiga desligar-se da internet global, mantendo-se ainda assim conectada, através dos recursos locais. A Oracle reporta que outros países estão a tentar replicar o modelo chinês, tendo em conta os benefícios para a segurança e privacidade nacionais. A Rússia é um desses países, e já conduziu testes para desligar o país do resto da internet. |