A Check Point revelou os dados de um relatório onde identifica uma vulnerabilidade relacionada com o EZCast, um streamer para TV com saída HDMI que permite que os televisores não conectados à Internet se transformem em Smart TVs
Segundo a Check Point, os cibercriminosos estão a utilizar o streamer para penetrar e obter acesso total à rede doméstica dos utilizadores do EZCast, assumindo o controlo sobre os seus dispositivos domésticos e comprometendo a segurança de toda a sua informação pessoal disponível.
Calcula-se que o EZCast seja utilizado atualmente por cerca de 5 milhões de consumidores que efetuam a sua instalação através da rede Wi-Fi e controlam o dispositivo através de smartphone ou PC. O uso crescente deste tipo de dispositivos reflete o desejo cada vez maior dos utilizadores terem os seus aparelhos domésticos ligados à Internet of Things, que, segundo os especialistas, alberga um grande número de desafios.
De acordo com o relatório publicado da Check Point as ameaças à rede doméstica dos utilizadores prendem-se com a possibilidade de os atacantes penetrarem através do sistema Wi-Fi, acedendo facilmente ao EZCast. Após a sua entrada, os cibercriminosos podem movimentar-se por toda a rede acedendo a todos os dados das vítimas, podendo também efetuar os ataques de forma remota.
"Esta investigação proporciona uma visão de algo que se vai tornar cada vez mais comum. Os cibercriminosos aplicarão formas criativas de explorar qualquer tipo de falha que exista num mundo cada vez mais conectado”, sublinha Rui Duro, Sales Manager da Check Point para Portugal. “A Internet das Coisas é uma tendência que continuará a crescer e, por este motivo, será essencial que consumidores e empresas se preparem para a sua adoção massiva”.
O adaptador EZCast demonstra como um dispositivo ligado à Internet é capaz de transferir dados através da rede sem exigir antes uma interação humana ou uma interação pessoa-máquina. “O mercado do IoT está a crescer exponencialmente e vai mudar não só a forma como todas as empresas, governos e consumidores interagem com o mundo físico, como também a forma como o protegem”, conclui Rui Duro.