"Não podemos fazer isto sozinhos", disse Lisa Monaco, procuradora-geral adjunta dos EUA, pedindo às empresas que reportem os ataques de que são alvo às forças governamentais
"Não podemos fazer isto sozinhos", disse Lisa Monaco, procuradora-geral adjunta dos EUA, num pedido de ajuda e colaboração às organizações norte-americanas na luta para derrubar o cibercrime. Durante uma mesa redonda virtual sobre cibersegurança, Monaco disse que “a realidade é que: acredito que é mau para as empresas. É mau para a América e prejudica os nossos esforços para manter o valor que tentamos demonstrar como país, se as empresas são atacadas e não se associam às forças da lei”. As declarações da procuradora-geral surgem num momento de pressão, em que o Departamento da Justiça tem intensificado os esforços para combater ameaças e ataques de ransomware. Já no início do mês, Lisa Monaco revelou duas novas iniciativas que visam as criptomoedas e empreiteiros governamentais que não têm reportado as falhas de cibersegurança. Além disso, no início deste ano, o Departamento da Justiça formou uma task-force de ransomware e extorsão digital para coordenar melhor a resposta do governo aos ataques. Monaco disse ainda que espera ouvir os relatos das organizações sobre os constrangimentos e desafios que enfrentam. "Aqueles que derem esse passo vão ver que estamos determinados a envolver as nossas autoridades na resposta", afirma, e continua: “fazemos detenções. Responsabilizamos as pessoas. Recebemos o dinheiro de volta”. É de notar que no ataque à Colonial Pipeline, o Departamento da Justiça conseguiu recuperar cerca de 2,3 milhões de dólares do resgate que a organização tinha pago aos atacantes. |