A Avast tem 400 milhões de utilizadores em todo o mundo e explica porque é que não lucra apenas com a proteção dos clientes, mas também ao vender os seus dados
Pelo menos desde 2013, assinala a Forbes, que a Avast tem vindo a vender os hábitos de utilização dos seus clientes. Depois de conhecido este facto, Mozilla e Opera já removeram algumas ferramentas da Avast da sua loja de extensões. Mas o novo CEO da Avast, Ondrej Vlcek, explicou à revista Forbes que não se trata de nenhum escândalo de privacidade, visto que as informações vendidas não deixam visível qualquer ligação a utilizadores específicos. Segundo o CEO, as identidades dos utilizadores ficam protegidas quando os dados são analisados pela Jumpshot (que é 65% da Avast) e depois vendidos como “insights” a clientes como investidores ou gestores de marca. Indicadores como a percentagem de visitantes que transitam de um website para outro são alguns dos dados úteis para quem queira, por exemplo, monitorizar uma campanha publicitária. O website da Jumpshot detalha estes objetivos, e assinala que é possível "rastrear o que os utilizadores pesquisaram, como interagiram com uma determinada marca ou produto e o que compraram”. Ondrej Vlcek disse à Forbes que reconhece que os clientes usam a Avast para proteger as suas informações e, portanto, assegura que a empresa não faz nada que possa "prejudicar a segurança da privacidade dos dados, incluindo a segmentação por anunciantes". Assim, garante, "não permitimos que anunciantes ou terceiros acedam a quaisquer dados que visem indivíduos específicos". Esta atividade representa 5% da receita global da Avast, admite o CEO da empresa. |