Aumento das compras online faz crescer armadilhas de hackers

O aumento do consumo de serviços online tem levado a um crescimento dos ataques de malware e de phishing

Aumento das compras online faz crescer armadilhas de hackers

Recentemente, nos Estados Unidos, a Amazon anunciou que vai contratar cem mil pessoas para fazer face ao aumento das encomendas gerado pela pandemia COVID-19. Já em Portugal, desde que foi detetado o primeiro caso de coronavírus, o montante médio gasto nas lojas online aumentou 6%, de 37,50 para 39,70 euros por compra.

O receio pelo surto está a levar os consumidores a ficarem mais cautelosos com a realização de compras em locais públicos, o que tem provocado uma crescente procura pelos serviços de compras online, não só para adquirir bens essenciais, como artigos de entretenimento e lazer. Tendência esta que se acentua se pensarmos que fazer compras é também uma forma de “passar o tempo” e “combater o tédio” (necessidades que têm aumentado pelo facto das pessoas estarem confinadas em casa durante a quarentena), mas também porque as marcas com sites de e-commerce têm apostado em apresentar boas ofertas, como estratégia para sobreviverem à crise que ameaça o comércio e a economia global.

Em qualquer pico de consumo, causado seja porque existe uma “moda viral” entre os consumidores ou porque as pessoas se encontram mais vulneráveis, é comum observar-se um aumento nos ataques de malware e phishing relacionados com os atos de compra, especialmente aqueles que são feitos online. Os hackers são especialistas em aproveitarem-se deste tipo de situações para enganar os utilizadores com ofertas de compra imperdíveis que, na maioria das vezes, são boas demais para serem verdade”, realça Alfonso Ramirez, Diretor Geral da Kaspersky Ibéria.

Para sobreviver em “segurança cibernética”, a Kaspersky aconselha os consumidores a estarem mais atentos do que nunca, partilhando ainda algumas dicas de segurança, importantes na hora de fazerem compras online:

  • Desconfiar das ofertas e promoções que parecem “boas demais para ser verdade”, pois geralmente servem apenas para atrair as vítimas e não representam, na realidade, qualquer benefício;
  • Digitar o URL dos websites na barra de pesquisas do seu navegador, em vez de clicar diretamente nos links que recebe via e-mail, por parte de marcas, de forma a verificar a autenticidade das suas ofertas;
  • Verificar se o ícone do cadeado surge na barra de pesquisas no momento de realizar o pagamento. Caso apareça, significa que a ligação é segura pois a página usa o protocolo HTTPS;
  • Usar um cartão de crédito em vez do cartão de débito para garantir uma proteção extra no pagamento;
  • Nunca salvar os dados dos seus cartões bancários num website;
  • Proteger os dispositivos móveis que costuma utilizar para fazer compras online e instalar patches que corrijam vulnerabilidades de segurança;
  • Usar uma senha exclusiva e com elevado grau de complexidade para cada uma das suas contas online.
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