As previsões de ciberameaças para 2021 incluem a expansão do cenário de ameaças com a digitalização no setor da educação, a evolução de ataques direcionados a indústrias e novas oportunidades para propagar ataques, provocadas pelo desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19
Todos os anos, no mês de dezembro, os especialistas da Kaspersky analisam os principais desenvolvimentos na área da cibersegurança que ocorreram ao longo dos últimos 12 meses – e, este ano, não será diferente. Com base nesta análise, a Kaspersky lança agora as principais previsões para 2021, que incluem a expansão do cenário de ameaças com a digitalização no setor da educação, a evolução de ataques direcionados a indústrias e novas oportunidades para propagar ataques, provocadas pelo desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19. As medidas de contenção, impulsionadas pela situação pandémica em que vivemos, continuam a transformar os sistemas de educação em todo o mundo. A digitalização, o principal mobilizador destas mudanças, irá permanecer em 2021. A integração de redes sociais, serviços de vídeo e jogos no processo educacional provou ser eficaz e, em 2021, iremos assistir a novas criações deste tipo. E, conforme o número de alunos online aumenta, aumentam também as ameaças à privacidade. É importante que alunos e educadores prestem mais atenção à segurança dos seus dados pessoais. Se as configurações de segurança corretas não estiverem ativas, as informações pessoais, tanto dos alunos, como dos professores, podem ser comprometidas - podendo até mesmo ser vítimas de ataques, por meio de plataformas educacionais. Além disso, a aprendizagem à distância potencia novos riscos de ciberbullying. Todos os anos, os cibercriminosos desenvolvem ameaças direcionadas cada vez mais avançadas. Alguns, analisam de perto as características de negócios industriais e obtêm, assim, acesso a uma grande quantidade de informação sobre as suas redes tecnológicas. Espera-se que esta tendência continue em 2021. Os ataques de ransomware, mais especificamente contra sistemas ICS, irão tornar-se cada vez mais direcionados e sofisticados, usando táticas de APT. Esta é uma ameaça significativa, uma vez que as redes industriais se tornaram mais vulneráveis, devido aos limites impostos ao trabalho no local, bem como aos espaços de trabalho pessoais dos colaboradores. O aumento do número de pessoas ligadas às redes remotamente representa também um fator de agravamento desta ameaça. O uso de temas médicos e de saúde como isco irá continuar no próximo ano e de forma relevante, pelo menos até o fim da pandemia. O desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19 representa o principal motivo do crescente interesse dos atacantes na pesquisa sobre estes temas. Em 2021, os esforços para roubar dados de investigação sobre o coronavírus irão manter-se. Enquanto a comunidade global de saúde continuar a lutar contra a doença, qualquer empresa que alegue sucesso significativo no desenvolvimento de uma vacina poderá tornar-se uma vítima potencial de ataques direcionados. No entanto, o foco na segurança digital dos hospitais oferece esperança de que em 2021 haja mais colaboração entre especialistas de cibersegurança, organizações e sistemas de saúde. A experiência mostra que grandes crises, como a pandemia, levam as organizações a prestar mais atenção à proteção das suas infraestruturas. |