90% dos líderes nacionais consideram que as suas organizações estão preparadas para ciberataques

De acordo com o ‘KPMG CEO Outlook 2023’ 72% dos CEO portugueses estão confiantes num crescimento da economia nacional nos próximos três anos. IA ainda não é uma prioridade de investimento na realidade portuguesa

90% dos líderes nacionais consideram que as suas organizações estão preparadas para ciberataques

O estudo internacional ‘KPMG CEO Outlook 2023’, que contou com um inquérito realizado a mais de 1.300 CEO internacionais (incluindo 50 líderes portugueses) entre 15 de agosto e 15 de setembro de 2023, revelou algumas das perspetivas em termos económicos, de tecnologia, ESG e talento. 

De acordo com os dados divulgados, 72% dos CEO portugueses estão confiantes no crescimento da economia nacional nos próximos três anos. A percentagem aumenta para 78% ao nível dos líderes globais.

A perceção sobre a cibersegurança é outro dos pontos destacados no estudo: 90% dos líderes nacionais consideram que as suas organizações estão preparadas no que toca a ciberataques – a nível global a percentagem é de 53%.

Ao nível económico 40% dos CEO em Portugal preveem um crescimento do seu negócio entre 2,5% e 4,99% ao ano, nos próximos três anos. Porém, a visão dos líderes globais é mais cautelosa, com 47% a reportar um crescimento mais tímido entre 0,01% e 2,49%. 

No que toca aos riscos, 28% dos CEO classificam as tecnologias emergentes e disruptivas como a maior ameaça para o seu negócio. Segue-se o risco operacional, com 22%, e o risco de quebra da cadeia de abastecimento (16%). A nível global, os CEO apontam a incerteza geopolítica como o principal risco para o negócio.

IA generativa: Investimento… ou nem por isso

Um dos pontos mais díspares do estudo entre a perspetiva nacional e internacional está na inteligência artificial generativa. 84% dos CEO portugueses não olha para esta tecnologia como uma prioridade de investimento; em contrapartida, 69% dos líderes globais olham para esta tecnologia como um fator-chave para o negócio.

Relativamente aos principais benefícios da incorporação de tecnologias disruptivas nas organizações, maioria dos CEO inquiridos destaca o aumento da rentabilidade do negócio como o principal benefício (40% dos CEO nacionais e 22% dos CEO internacionais).

Stakeholders e ESG

Em matéria de ESG, 80% dos CEO portugueses declaram que estão preparados para o escrutínio dos stakeholders e dos acionistas, por oposição a apenas 32% dos líderes internacionais. Os dados nacionais revelam que este tema poderá contribuir, a curto prazo, para a atração de talento (36%) e para a construção da reputação e uma marca (30%).

58% dos CEO inquiridos acreditam que as suas empresas têm as competências e capacidades necessárias para cumprir com os novos critérios internacionais ao nível do ESG e metade espera um retorno de investimento em ESG num espaço de cinco a sete anos. Esta percentagem fica, no entanto, aquém dos valores registados globalmente, onde a percentagem de líderes que se dizem preparados para esta nova realidade é de 74%. No entanto, 27% espera que esse retorno aconteça entre um e três anos, ou seja, em menor tempo.

Entre as principais prioridades para os CEO está a procura e a retenção de talento. 86% dos CEO portugueses e 77% dos CEO internacionais consideram que um estilo de liderança que implique uma gestão e responsabilidades operacionais partilhadas permite também resultados mais bem-sucedidos.

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