A grande maioria dos portugueses receia ser alvo de algum tipo de fraude digital e é a favor de haver mais verificações nas suas transaçõe, bem como do recurso a biometria e IA
De acordo com o novo estudo do SAS, a esmagadora maioria dos portugueses (88%) tem receio de cair vítimas de algum tipo de fraude digital. Enquanto 66% dos 13.500 consumidores inquiridos, oriundos de mais de 15 países, consideram que as empresas deveriam fazer mais para os proteger, 60% mostra-se mais cauteloso sobre o assunto e 51% estão menos dispostos a partilhar os seus dados pessoais. Em Portugal, 29% dos inquiridos acreditam que já foram alvos de algum tipo de fraude pelo menos uma vez, enquanto 62% afirmam ter sofrido uma tentativa de fraude no último ano, de acordo com o estudo “Faces of Fraud”. O furto de dados bancários é o tipo de fraude mais comum, seguido pelo furto de dados pessoais e pelas situações em que os consumidores são induzidos a pensar que foram os vencedores de um prémio financeiro. O estudo revela que os canais mais utilizados pelos criminosos nestes ataques são o telemóvel (73%), o e-mail (71%) e o WhatsApp (40%). “Os cibercriminosos utilizam técnicas cada vez mais sofisticadas. Não é de estranhar, portanto, que a grande maioria dos consumidores portugueses esteja preocupada em ser vítima de qualquer tipo de fraude”, afirma Carla Miranda, Principal Business Solutions Manager, Iberia for Fraud & Compliance no SAS. “O risco de sofrer uma tentativa de roubo de informação ou fraude é maior e ainda mais prejudicial do que no passado. Por isso, as entidades públicas e privadas devem considerar a segurança e a proteção dos seus clientes como um objetivo fundamental”. Carla Miranda acrescenta que: “os consumidores estão cada vez mais conscientes da segurança dos seus dados, e protegê-los é motivo suficiente para que tomem decisões importantes. Um dado importante (e positivo) e que demonstra aliás esta consciência é que 52% afirmam que caso sejam contactados por alguém que não estão à espera, antes de mais tentarão perceber a sua legitimidade/credibilidade”. Além disto, segundo o estudo do SAS, 27% dos portugueses não têm conhecimento das medidas de proteção contra fraudes e outros crimes financeiros que são adotadas pelas suas instituições financeiras. Quando questionados sobre o impacto dos controlos de segurança na experiência do cliente, apenas 36% acreditam ser necessária a sua melhoria para agilizar o processo. Neste sentido, o SAS sublinha que é importante que as organizações ofereçam o melhor serviço no que diz respeito à proteção, uma vez que quase 60% dos consumidores inquiridos afirmam que mudariam de entidade para se sentirem mais seguros. Além disto, 67% dos inquiridos pretendem utilizar os serviços digitais em vez de se dirigirem às lojas físicas. Desta forma, o SAS considera que é fundamental que as entidades financeiras procedam à implementação de tecnologias inovadoras nos seus processos para assegurar a segurança dos dados dos seus clientes. Para garantir uma proteção mais eficaz, a maioria dos portugueses inquiridos (74%) é a favor de existirem mais verificações nas suas transações e compras, enquanto 75% estão dispostos a utilizar biometria e tecnologias de inteligência artificial, como reconhecimento facial, voz ou pela retina. “Este estudo mostra a disposição dos consumidores em permitir que as instituições financeiras utilizem a tecnologia no combate à fraude. Na verdade, 48% dos portugueses estão dispostos a partilhar os seus dados pessoais, mas com a condição de que essas entidades possam utilizar essas mesmas informações para os proteger”, conclui Carla Miranda. |