18 legisladores dos EUA exigem sanções a empresas estrangeiras de vigilância

O pedido foi feito numa carta enviada ao Departamento do Tesouro e ao Departamento de Estado, exigindo sanções Global Magnitsky ao NSO Group e três outras empresas de vigilância

18 legisladores dos EUA exigem sanções a empresas estrangeiras de vigilância

Um grupo de legisladores norte-americanos está a pedir ao Departamento do Tesouro e ao Departamento de Estado que apliquem sanções ao israelita NSO Group e três outras empresas de vigilância estrangeiras, avança a Reuters, que teve acesso à carta enviada pelo grupo. Em causa está a alegada colaboração das empresas com governos autoritários. Nesse sentido, os legisladores pedem sanções Global Magnitsky, punindo abusos de direitos humanos através do congelamento de contas bancárias e proibindo viagens para território norte-americano. 

Os legisladores pedem, ainda, sanções a altos executivos da empresa de spyware NSO, à empresa de cibersegurança dos Emirados Árabes Unidos DarkMatter e às empresas europeias Nexa Technologies e Trovicor. A carta, assinada pelo presidente do Comité de Finanças do Senado, Ron Wyden, pelo presidente do Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes, Adam Schiff, e por outros 16 legisladores democratas, cita relatórios sobre a indústria e um artigo recente da Reuters que afirma que o spyware Pegasus do NSO foi utilizado contra funcionários do Departamento de Estado no Uganda.

Ao aplicar as sanções, as empresas deixam de contar com o apoio norte-americano, cujo financiamento inviabiliza a indústria de spyware. "Para puni-los significativamente e enviar um sinal claro para a indústria de tecnologia de vigilância, o governo dos EUA deve aplicar sanções financeiras", escreveram. Além disso, a carta diz que as empresas facilitaram o "desaparecimento, tortura e assassinato de ativistas e jornalistas dos direitos humanos", ao venderam “os seus serviços a regimes autoritários com longos registos de violações dos direitos humanos, dando vastos poderes de espionagem aos tiranos", disse Ron Wyden à Reuters. 

É de notar que, em novembro, o Departamento de Comércio colocou o NSO Group na chamada lista negra, proibindo os fornecedores dos EUA de venderem software ou serviços ao fabricante de spyware israelita sem obter uma autorização especial. Mais, a Apple processou, também no mês passado, o NSO, alegando terem invadido o software instalado em iPhones. 

Tags

NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

IT INSIGHT Nº 52 Novembro 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.