Workplace solutions: a oportunidade para aumentar a produtividade

Ao tirar partido das soluções de workplace, os colaboradores tornam-se mais eficientes e as organizações conseguem melhorar a sua produtividade. Os Parceiros de Canal são os responsáveis por ajudar os clientes finais a compreenderem as suas reais necessidades. Numa mesa-redonda conjunta entre a IT Insight e o IT Channel, a Asus, a Cisco, a Claranet e a Compuworks partilham a sua visão sobre o estado atual do mercado de workplace solutions

Workplace solutions: a oportunidade para aumentar a produtividade

O aumento da produtividade, a promoção a colaboração e a melhoraria da comunicação no local de trabalho são apenas alguns dos objetivos que caracterizam as soluções de workplace, que abrangem desde ferramentas de gestão de projeto, software de produtividade, soluções de cibersegurança, equipamentos, entre outras.

A aposta em ferramentas e tecnologias para o dia-a-dia dos colaboradores leva as organizações a atingirem melhores níveis de produtividade e, consequentemente, melhores resultados para os seus negócios.

Como é que foi a adoção de soluções de workplace durante o último ano e de que maneira é que isso vai impactar o mercado em 2024 e nos próximos anos?

 

“A transformação digital continua a existir. Nos computadores, os pedidos que continuam a aparecer são soluções que precisam de uma maior flexibilidade e há uma maior procura por soluções que permitam estar sempre ligados e em constante movimento”


Nelson Martins, Channel Manager, Asus

Nelson Martins, Channel Manager, Asus: “No último ano assistimos a uma continuidade do sistema da forma de trabalhar, com os colaboradores a estarem dois ou três dias em teletrabalho e dois ou três dias essencialmente no escritório. Este sistema ou modelo de trabalho híbrido é, atualmente, o modelo mais dominante. As empresas implementaram muitas soluções de workplace que naturalmente facilitam a colaboração de quem está a trabalhar remotamente. Este pode ter sido um obstáculo no passado, mas parece-me que está atualmente completamente ultrapassado”

Cristina Freixo, Workplace Services Director, Claranet: “As soluções de workplace são claramente um desafio contínuo; foi um desafio no passado, é no presente e será certamente no futuro. A nossa grande preocupação é que as organizações e os seus colaboradores sejam capacitados com as melhores soluções para melhorar a produtividade. Existem desafios tecnológicos, mas aquilo que é game changer é a introdução da inteligência artificial. É preciso preparar as pessoas para aquilo que vai ser o futuro da força de trabalho; seja do ponto de vista de tendências tecnológicas, a componente de green, as organizações vão ter de agir de forma diferente”

O mercado de workplace solutions já está consolidado? As organizações olham para estas soluções como uma necessidade para o seu futuro?

Alda Caldeira, Solutions Engineer, Cisco: “É difícil de dizer se está completamente consolidado; diria que não, mas as organizações estão a olhar para os desafios e as necessidades de workplace para que sejam mais colaborativas. Houve um ponto de viragem com a pandemia e o que temos visto nas empresas é que existe uma necessidade de dar todas as ferramentas e criar um espaço colaborativo, produtivo e eficaz, mas sem limitar a flexibilidade no modo de trabalho por parte dos colaboradores”

Paulo Moreira, COO & Founder, Compuworks: “Isto tem sido uma constante evolução e um caminho difícil de percorrer. A pandemia veio acelerar e as empresas adotaram estas novas funcionalidades e potencialidades que estas novas soluções trazem às empresas e aos seus colaboradores: simplicidade, uma forma de comunicar mais simples do que antigamente. A nível de gestão tecnológica, torna-se mais simples de gerir e dá a liberdade às empresas de trabalharem em modo híbrido e essa gestão torna-se mais simples e flexível”

Cristina Freixo, Claranet: “Num mercado com uma evolução gritante, a consolidação não é uma tarefa fácil. Acho que há muitas oportunidades e soluções para desenvolver. Reconheço alguma consolidação de mercado dos principais players que acabam por fazer Parcerias estratégicas com outros fabricantes que respondem de forma significativa às necessidades das organizações. Há um sinal claro de evolução e de crescimento e as organizações continuam a crescer de forma orgânica e a otimizarem todas as ferramentas que têm dentro de casa”

Nelson Martins, Asus: “Não me parece que este mercado esteja completamente consolidado e não me parece que venha a estar. Isto deve-se à constante evolução do mercado. É um mercado com um crescimento enorme nos últimos anos, mas ainda com muito por desenvolver, equipamentos por substituir e soluções por implementar. As soluções de workplace vão melhorar a produtividade e a comunicação, mas vão continuar a existir desafios”

A rápida adoção de soluções de colaboração levanta problemas de cibersegurança. As organizações nacionais apostam em cibersegurança quando estão a investir em colaboração? Quais são os grandes desafios dos clientes?

“Há uma alteração da cultura organizacional das empresas. Numa fase inicial, vamos ter alguns desafios e alguma turbulência a esta adaptação no regresso ao escritório, desafios como coesão entre as equipas ou como a comunicação é feita”


Cristina Freixo, Workplace Services Director, Claranet

 

Cristina Freixo, Claranet: “É de extrema importância e as organizações continuam a ter muito presente a necessidade de proteger os seus ambientes. A palavra de ordem é confiança; a partir do momento em que temos o ‘anywhere, anytime’ – que é uma dor de cabeça para os gestores – a organização tem de ter uma confiança de que os ambientes de trabalho são utilizados de forma segura e livre de ameaças que coloquem em causa as informações tanto do negócio como dos seus clientes”

Paulo Moreira, Compuworks: “Temos sentido uma recetividade. Há alguns anos tornava-se muito difícil alguns clientes investir em firewalls ou em soluções para proteger os utilizadores e as identidades, por exemplo. Depois da pandemia, depois de estar tudo a trabalhar em cloud e com as ameaças que têm acontecido – que antes nunca chegavam às notícias – abriram-se as portas. Os fabricantes também adotaram um modelo de comercialização por utilizador que torna mais fácil a utilização de soluções de proteção de endpoint e do utilizador e garantir que é mesmo aquele utilizador”

Com os colaboradores a trabalharem de forma híbrida, como é que as redes estão a ser pensadas para fazer face aos novos desafios que se colocam?

Alda Caldeira, Cisco: “Para ter uma rede robusta e estável, é preciso ter uma conectividade que responda aos desafios atuais, como o maior tráfego. Num segundo pilar, é preciso ter a visibilidade da rede e perceber o que está a acontecer em tempo real. Depois, toda a componente da segurança; é preciso ter segurança nativa na rede que garante uma arquitetura de zero-trust. Também é preciso ser capaz de garantir que o endpoint está protegido e ter acesso às ferramentas necessárias para proteger o email. Por último, é preciso proteger a camada de DNS e fazer microssegmentação da rede para garantir que os utilizadores acedem apenas às aplicações que precisam e não outras”

 

“A pandemia veio acelerar e as empresas adotaram estas novas funcionalidades e potencialidades que estas novas soluções trazem às empresas e aos seus colaboradores: simplicidade, uma forma de comunicar mais simples do que antigamente”


Paulo Moreira, COO & Founder, Compuworks

Paulo Moreira, Compuworks: “A monitorização é extremamente importante para saber se existem bottlenecks, tráfego a mais. É preciso fazer as implementações SD-WAN para ter uma rede segura e uma visibilidade das mesmas. No caso das novas soluções de SASE, garantir que são mesmo aqueles utilizadores a aceder à rede interna. Depois, em cima destas camadas, ter uma gestão de EDR e uma política de zero-trust; no fundo, nunca confiar”

As novas gerações de colaboradores estão a pressionar as empresas para uma maior flexibilidade laboral e para uma mobilidade do espaço de trabalho. Como é que as organizações se estão a preparar tecnologicamente para este desafio?

Cristina Freixo, Claranet: “Aqui é quando a componente comportamental se mistura com a tecnologia. Há uma alteração da cultura organizacional das empresas. Numa fase inicial, vamos ter alguns desafios e alguma turbulência a esta adaptação no regresso ao escritório, desafios como coesão entre as equipas ou como a comunicação é feita. Estamos ainda numa fase experimental, a crescer em termos de experiência, mas claramente há uma oportunidade enorme para reinventar a cultura das organizações. A tecnologia está na base de tudo, os grandes impulsionadores em termos de cultura organizacional e trabalho moderno”

Paulo Moreira, Compuworks: “As novas gerações já vêm quase pré-programadas com a tecnologia dentro delas e não entendem que é preciso tomar determinados passos para garantir alguma segurança. É preciso haver uma adaptação e formação interna nas organizações que vai mais para a parte comportamental das empresas. As novas pessoas querem fazer o trabalho; cabe-nos passar a informação e a simplicidade que as soluções trazem ao mercado e esta adaptação é um desafio para as organizações. O mundo não para”

“Para ter uma rede robusta e estável, é preciso ter uma conectividade que responda aos desafios atuais, como o maior tráfego. Num segundo pilar, é preciso ter a visibilidade da rede e perceber o que está a acontecer em tempo real”


Alda Caldeira, Solutions Engineer, Cisco

 

Alda Caldeira, Cisco: “Temos visto que a retenção de talento e esta quase garantia de que estamos a atender aos requisitos e exigências das novas gerações têm duas frentes: trabalho híbrido e sustentabilidade. As novas gerações querem trabalhar em organizações onde seja privilegiado a flexibilidade e produtividade e querem ter a tecnologia necessária para conseguirem colaborar com as suas equipas. Por outro lado, as novas gerações acabam por escolher as organizações onde querem trabalhar pela sua pegada ecológica”

Que tipo de dispositivos é que as organizações mais procuram neste momento?

Nelson Martins, Asus: “A transformação digital continua a existir. Nos computadores, os pedidos que continuam a aparecer são soluções que precisam de uma maior flexibilidade e há uma maior procura por soluções que permitam estar sempre ligados e em constante movimento com elevada autonomia de bateria. Quando se fala de mobilidade – como computadores portáteis – a procura também é pela produtividade a partir de qualquer lugar. Existe uma preocupação que os equipamentos sejam práticos e amigos do ambiente”

Como é o local de trabalho numa realidade híbrida? De que maneira é que se pode garantir a produtividade dos colaboradores?

Cristina Freixo, Claranet: “Tem de ser flexível, permitir a colaboração e a inclusão. No final do dia, independentemente de onde se trabalha, deverá ser transparente para o colaborador o tipo de ferramentas ou recursos a que tem acesso. Trabalhar em casa, no escritório ou no espaço de cowork deverá ser igual e as organizações deverão proporcionar essa transparência nos ambientes de trabalho. As empresas estão a modernizar os seus escritórios exatamente para conseguirem proporcionar a inclusão nos ambientes de trabalho”

Nelson Martins, Asus: “O local de trabalho nesta realidade híbrida deixou de ser o escritório tradicional; passou a ser um café, um aeroporto, ao ar livre, qualquer fundo que nos permita estar conectados e ligados aos nossos colegas. A produtividade começa por aí: trabalhar em ambientes que nos permitam estar mais confortáveis e ser mais produtivos. Para isso, é preciso que as empresas ofereçam o suporte e a segurança necessária para os seus colaboradores. É preciso existir apoio remoto que permita que as equipas de IT intervenham sempre que necessário”

Alda Caldeira, Cisco: “Existem dois pontos a ter em atenção. O primeiro é a cultura da empresa, ou seja, tem de haver uma flexibilidade na forma como a liderança vê o trabalho híbrido e tem de se dar a liberdade aos trabalhadores para que esta forma de trabalhar seja eficaz. Isto não é da noite para o dia; tem de ser cultivado e trabalhado. Em segundo lugar, é preciso dar a tecnologia e dar os recursos para que isto funcione – isto inclui cibersegurança, as redes, mas também os dispositivos, o software e o hardware de colaboração”

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