Em 2025, o setor tecnológico continuará a impulsionar a inovação, mas as organizações precisam de ir mais além. O sucesso dependerá da sua adaptação a um mundo onde a inteligência artificial (IA) e a sustentabilidade já não são opções, mas exigências.
A consolidação de agentes autónomos como potenciadores de produtividade nas organizações e o crescimento das Intelligent Applications, o impacto da XLA (Experience Level Agreement) e do trabalho remoto na inovação, a par dos modelos de Cloud híbridos e da Cibersegurança, e da tecnologia como motor para o desenvolvimento sustentável são as principais tendências para o próximo ano. Intelligent Applications e Agentes Autónomos: ferramentas de negócios do futuro A Inteligência Artificial (IA) continuará a destacar-se como a ferramenta central, promovendo uma transformação cada vez mais profunda nos processos de negócio. Percebe-se, portanto, que o mercado global de IA tenderá a crescer até 2028 e, com esse crescimento, aumentará também a procura por um tipo de aplicações emergente, as Intelligent Applications promovidas pela IA. Em 2025, veremos aplicações adaptarem-se de forma contínua às necessidades dos Clientes, seja via dados gerados ou funcionalidades, e que são criadas de forma rápida. A aposta no desenvolvimento de Intelligent Applications promete otimizar a experiência do consumidor através da personalização e automação, enquanto reduz custos e potencia a eficiência organizacional. Estas soluções não só otimizam a experiência do utilizador, como garantem que as organizações podem responder de forma ágil às dinâmicas do mercado. A Gartner avança dados que mostram que, até 2026, 30% das novas aplicações devem utilizar IA para conduzir interfaces de utilizador personalizadas e adaptáveis, um salto significativo face aos menos de 5% atuais. Ainda neste campo, a IA está e continuará a promover mudanças nas dinâmicas de trabalho. Para simplificar processos e dados, prevê-se que os negócios recorram com mais frequência a agentes autónomos, criados com IA, que complementam e transformam profundamente os processos organizacionais. Estes agentes vão ser capazes de executar processos de negócios, permitindo às organizações, por um lado, a redução de custos e, por outro, o aumento da produtividade, da eficiência e, em última instância, da receita. Agentes autónomos estão já hoje a ganhar relevância em todas as áreas, das vendas ao atendimento ao Cliente. O Impacto da XLA e do Trabalho Remoto na Inovação e Colaboração A transformação do trabalho remoto está a redefinir as operações organizacionais, com a experiência de nível de serviço (XLA) a transformar-se numa prioridade. Esta abordagem centra-se na qualidade da experiência do colaborador, promovendo investimentos significativos em videocolaboração, dispositivos (endpoint) e soluções para aumentar a produtividade e garantir uma comunicação eficaz. De acordo com a Gartner, até 2025, 70% das empresas vão investir na experiência do colaborador como parte das suas estratégias de TI. A IDC prevê que o investimento em tecnologia de colaboração, que inclui software de gestão e automação, continuará a aumentar, com a expectativa de que 60% das organizações adotem soluções de Inteligência Artificial para melhorar a eficiência até 2025. Significativos avanços nos modelos de Cloud híbridos e de Cibersegurança A Gartner prevê que o investimento das empresas em tecnologia deverá continuar a crescer, correspondendo a um aumento de 9,3% quando comparado a 2024. Neste crescimento, destaque para a adoção crescente de ambientes de Cloud híbrida e multi-Cloud, em que a segurança desses ecossistemas complexos será uma preocupação transversal ao fórum tecnológico para 2025. À medida que as ameaças evoluem e o investimento em tecnologia aumenta, a integração de soluções de Cibersegurança mais sofisticadas será indispensável para proteger os dados e a continuidade dos negócios. Compromisso com um futuro sustentável: Cloud-native Applications Nos próximos anos, a transformação digital estará inevitavelmente ligada à sustentabilidade - já não é somente uma tendência, mas constitui uma prioridade estratégica. As organizações vão, assim, ser obrigadas a estar alinhadas com este tema, porque as regulamentações o exigem e porque o próprio mercado o faz, ganhando o ESG - Environment, Social and Governance - cada vez mais destaque entre as preocupações do tecido empresarial. A tecnologia tem sido um forte aliado neste caminho e, nos anos que se avizinham, não vai ser diferente. A migração de aplicações legacy para Clouds mais eficientes está a marcar a agenda ESG, permitindo às organizações reduzir a pegada de carbono e cumprir metas de sustentabilidade. Com estas exigências e a vontade de transformar os negócios das organizações, é expectável, segundo IDC e Gartner, que mais de 90% das aplicações sejam Cloud-native até 2025. Neste contexto emergem outras tendências, como as aplicações low-code ou no-code, que permitem às empresas criar aplicações ou funcionalidades mesmo sem terem quaisquer competências de programação. Assim, as tendências para 2025 demonstram que as organizações que integram IA, sustentabilidade e resiliência em ambientes de Cloud híbridos não apenas se adaptarão ao contexto tecnológico emergente, como estarão preparadas para liderar o mercado.
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