O papel da IA Generativa nas estratégias de ROI

A governance e democratização dos dados no GenAI é uma das preocupações atuais das empresas. Os dados continuam a ser um asset essencial, sobretudo no contexto desta nova tecnologia.

O papel da IA Generativa nas estratégias de ROI

Nunca se falou tanto de inteligência artificial e de IA generativa como agora. Estas soluções têm mostrado que vieram para ficar e para ajudar a potenciar o desenvolvimento dos negócios. Da análise de dados à otimização das operações, passando pelas melhorias ao nível do marketing e comunicação, a IA generativa posiciona-se como uma ferramenta que pretende ajudar a redefinir o potencial dos negócios no atual cenário competitivo.

Este foi um dos pontos de partida para o pequeno- almoço executivo da IT Insight e da Keepler Data Tech, que decorreu no mês de janeiro, e que juntou representantes de organizações portuguesas de vários setores de atividade para partilharem estratégias para multiplicar o ROI através da IA generativa.

Antes do debate e da partilha de insights, Pedro Matos da Silva, Head of Offering Management da Keepler Data Tech, tomou a palavra para apresentar as quatro áreas de oferta da organização: Organizational Transformation, Cloud Data Platform, Data Activation e Data Democratization. “O nosso conceito é muito baseado numa visão holística com o cliente. Aqui o hub central é sempre uma inception”, contextualizou Pedro Matos da Silva.

O interesse crescente dos clientes pela GenAI tem levantado questões sobre como é que as organizações podem tirar o maior partido desta tecnologia. “Fala-se claramente na parte de data governance, é um fator, é uma conversa que vamos ter com certos clientes porque eles querem usar o seu foundation model que é treinado ou alimentado com os dados da própria empresa e é aí que vai trazer ganhos”. E, no fim do dia, “resume-se tudo a cuidar dos dados”, concluiu Pedro Matos da Silva.

Marco Navega, IT Director, Zurich: “Temos de ter aqui alguns vetores: para já temos de ter aqui um programa de literacia para upskilling e reskilling das pessoas internas. Se queremos tornar a organização data driven, isto não é só um jargão, temos de fazer e não é por duas ou três pessoas, é pela organização toda. E isso carece de lançar um programa que seja estruturante para todos os níveis técnicos, funcionais, negócio, condição executiva, não é uma coisa que faz em dois meses e acabou, é uma coisa continuada”.

Fazila Ahmad, Deputy Director, Head of Digital Acceleration, E-Redes: “Sobre o tema do Data Management e do Data Platform Lane, para não ser o garbage in, garbage out, nós também já temos vindo a trabalhar usando as plataformas da Microsoft para garantir este data lake consolidado, com a informação já arrumada, para também facilitar esta coisa do Data Product Lane. Ou seja, quando nós queremos montar novos modelos de AI, já tem uma base de dados curados, arrumados, que acelera todo o processo”.

Henrique Guapo, CISO, Generali Seguros: “Estamos a criar um tenet que vai permitir aos data scientists e ao próprio modelo só ter dados que vão ao encontro das nossas políticas de data governance. Não vai existir aqui contaminação de modelos externos ou de dados sintéticos externos ao lado externo. Não vão contaminar os modelos. São modelos que nós vamos ter próprios. Isto é, garantindo aqui que todos os colegas vão poder utilizar”.

José Ruivo, IT Director, Altice: “A IA oferece inúmeras vantagens na relação com clientes, nomeadamente na utilização de assistentes virtuais como ponto de contacto com clientes. É neste sentido que nos encontramos a realizar um piloto de deteção da emoção nos nossos call centers. Tendo por base a informação recolhida na chamada, este piloto pretende conhecer o cliente e perceber qual o seu estado de espírito, de forma a ajudar o colaborador na sua interação com o mesmo na resposta à sua necessidade".

Jorge Afonso, Data & Analytics Office, Galp: “Um dos passos que fizemos na Galp foi aprovar ao nível da comissão executiva uma política de enquadramento pela utilização responsável da inteligência artificial. Portanto, não é uma política que andou operacional, nem sequer dos diretores de primeira linha, começa lá em cima. Essa política está aprovada, define um conjunto de regras, de procedimentos, o sistema está aberto ao abrigo daquilo que a política diz e é isso que as pessoas podem usar de forma responsável, de forma eficiente”.

Francisco Maria Santos, Digital Global Unit, EDP: “Nós lançámos o Mind for EDP, que é o nosso chatbot interno, apoiado também a Azure OpenAI, o nosso tenant, e criámos dez guidelines de utilizador final, associados também depois a uma parte técnica numa arquitetura de referência, e estamos a apostar muito também na educação e em espalhar o que é que o Mind for EDP pode fazer de forma segura, compliant, que podem utilizar em vez do ChatGPT”.

Pedro Gomes Mota, CDO, Brisa: “Acrescentava uma variável que é a questão de trabalhar a cultura e trabalhar também a dimensão humana da educação e, se calhar, histórias mais antigas do que o ChatGPT: eu tenho casos em que algumas pessoas, para colarem documentos, usavam clouds abertas. Iam a um serviço e colocavam lá os documentos. As pessoas acabam por colocar essa informação sem saber onde é que ela vai ficar e o que é que dali pode sair no futuro. Acho que o trabalho também está muito aí: mostrar o potencial e não assustar as pessoas. Se nós formos numa lógica de impor solucções as pessoas vão começar a procurar caminhos alternativos".

Patrícia Rodrigues, Digital Transformation Director, El Corte Inglês: “Já estamos a investir em recrutamento nesta área. Sem dúvida de que a IA é um dos nossos pilares estratégicos, queremos investir não tanto pela parte de apoio ao cliente, conversação com o cliente, como também a parte da eficiência operacional, que tem sido o nosso foco, apoio à análise promocional, algum tipo de análise preditiva. Sem dúvida que nos irá trazer muitos frutos.”.

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Keepler Data Tech

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