Pautada por um amadurecimento nos mercados de telecomunicações, a Inteligência Artificial encontra oportunidades e desafios a nível interno e externo das organizações. No final de 2022 e no arranque de 2023, a GenAI estabeleceu-se como uma realidade entre pequenas e grandes empresas e fornecedores de telecomunicações, que procuram ainda hoje tirar partido destas novas tecnologias
O caminho é inevitável e sem retorno: a inteligência artificial (IA) e a inteligência artificial generativa (GenAI) tomaram conta da agenda das organizações, que procuram tirar o melhor proveito destas novas tecnologias. Desde melhorias operacionais até ao aumento da receita, a GenAI e a IA serão responsáveis por melhorias significativas no setor das telecomunicações, com ganhos não só internos, mas sobretudo externos, focados na experiência do cliente. Entre as principais vantagens na utilização da IA neste setor está a melhoria da performance, uma maior interação multicanal dos prestadores de serviços com os clientes e um maior controlo nos congestionamentos. O aproveitamento da inteligência artificial contribui igualmente para uma maior eficiência energética e um reforço da cibersegurança. Os chatbots são um dos use cases mais implementados, direcionados sobretudo para os clientes, que serão os mais beneficiados com a aplicação da inteligência artificial e da Machine Learning (ML). Mas as oportunidades não se ficam por aqui. No que diz respeito à IA generativa, estes sistemas, quando aplicados à criação de conteúdos e soluções personalizadas para cada cliente, permitem uma aproximação e maior interação. Algumas das aplicações práticas incluem a produção de conteúdo escrito, resumos de artigos, assistência em tarefas mais complexas, entre outras, numa ótica estratégica que permita o retorno sobre o investimento das organizações. De acordo com a Gartner, a IA generativa apresenta três oportunidades para os negócios: ao nível das receitas, com mais produtos e novos canais; ao nível dos custos e produtividade, com o aumento das capacidades dos trabalhadores, otimização dos talentos e melhoria dos processos; e ao nível dos riscos, com a mitigação dos mesmos e uma maior preocupação com questões de sustentabilidade. A implementação e desenvolvimento da IA generativa estará sempre sujeita às considerações éticas e regulatórias, a maioria delas ainda em discussão. Ainda assim, e até 2030, a IA generativa deverá registar uma taxa média de crescimento anual de 36% (dados da Forrester). No entanto, e a curto prazo, a procura por um melhor desempenho de rede deverá aumentar já em 2024, com as organizações do setor das telecomunicações a apostarem nestas tecnologias nos seus softwares e serviços geridos. Até 2026, parte das funções de rede serão totalmente automatizadas, com previsão de um atendimento ao cliente cada vez mais autodirigido até 2028.
Artigo co-produzido pela MediaNext e pela Meo Empresas |