A Polarising organizou a 2.ª edição do Integration Tomorrow, no Centro Cultural de Belém, onde especialistas, clientes e fornecedores puderam trocar insights sobre as tendências e novidades no setor de integração.
O Centro Cultural de Belém recebeu, no dia 16 de maio, a 2.ª edição do Integration Tomorrow. Com a organização da Polarising, o evento reuniu especialistas do setor de integração, clientes e fornecedores para debater as últimas tendências e inovações no mercado, bem como para apresentar soluções e histórias de sucesso. “Há 18 anos, fundei a Polarising com o objetivo de nos tornarmos especialistas em integração”, começou por frisar Nuno Vilar Moreira, Founder e CEO da Polarising, indicando que a empresa já conta com cerca de 250 colaboradores. “Vimos surgir novas tecnologias, novas ferramentas, novos paradigmas, mas os nossos valores permanecem, que são as pessoas que trabalham connosco – os nossos colaboradores, os nossos clientes, os nossos parceiros. Acreditamos em ligar e integrar não apenas software, mas pessoas”. O advento da IA na gestão de dados e APIA primeira mesa-redonda do Integration Tomorrow juntou profissionais da Boomi, NOS, Lusiaves e Polarising para discutir o tema “Data & API Management”. Antoine Craske, CIO do Grupo Lusiaves, realçou a importância de adotar uma “estratégia integrativa colaborativa”, bem como de “investir suficientemente na fundação” e de “não implementar muito rápido”, pois “muito rapidamente as pessoas podem perder soluções”. De acordo com Guilherme Lopes, Integration Innovation Pratice Lead da Polarising, os fatores críticos no que respeita a implementação de iniciativas de integração prendem-se com a necessidade de “dar poder aos utilizadores corporativos porque eles precisam de dados em tempo real e não de relatórios, e precisam agir imediatamente”. Já Carlos Castro, Head of BPM & Data Virtualization CoE da NOS, falou sobre a sua experiência na NOS, revelando que “agora temos uma visão clara da informação na empresa: sabemos onde está a informação e como é que a informação é construída. Precisamos de obter essas informações para construir a infraestrutura”. Com a entrada da Inteligência Artificial (IA) em cena, é crucial para uma organização “compreender os seus dados porque a IA generativa está a utilizá-los”, acrescentou Carlos Castro. “Se não tratar dos seus dados, não conhece os seus dados”. Esta tecnologia emergente está a ganhar cada vez mais destaque no setor de integração. “A IA é algo que nós imaginamos a crescer com o sistema de integração”, referiu Vincent David, Global Business & Alliance Manager SW Europe da Boomi. Garantir a segurança no ecossistema digital“Securing the Digital Ecosystem: API, Cybersecurity, and Data Protection” foi o tema em discussão no painel composto por Jorge Oliveira, Senior Account Executive da MuleSoft, David Sopas, Co-Founder e COO da Char49, Filipe Pateiro, Senior Manager da SIBS, e Hugo Pascoalinho, Head of Delivery da Polarising. “Quando vemos o panorama da integração, temos padrões de integração muito diferentes: temos API e gateways a surgir, temos ecossistemas de API e temos automação”, apontou Jorge Oliveira, que explicou que a forma como a MuleSoft procura tornar mais simples e eficaz o processo. Através de “cinco cliques numa plataforma”, é possível “aplicar as normas OWASP Top 10”. Trata-se, sublinhou, de “uma única plataforma que aborda todas estas questões”, permitindo “uma aplicação muito fácil da segurança, porque senão são um monte de equipas e um monte de esforços. Só queremos que as regras sejam simples e transversais com alguns cliques”, reiterou Jorge Oliveira. David Sopas acredita que um dos desafios mais comuns é “a falta de inventário das ferramentas de terceiros e integrá-las na produção”. Para o Co-Founder da Char49, “uma forma de planear isso com antecedência é não reinventar a roda. É preciso ver os prós e os contras de contratar fornecedores terceirizados ou usar o software interno”, aconselhou. “Eu optaria por terceiros, porque passaram por formação e tudo deve estar secure by design, e tem apoio rápido, atualizações rápidas”. Para garantir uma integração assente em cibersegurança, Filipe Pateiro contou que, na SIBS, “o truque que usamos foi o das zonas”, em que “uma zona não é impactada por outras”. Hugo Pascoalinho acredita que é essencial “apresentar os sérios riscos de segurança reais como uma oportunidade de usar uma arquitetura adequada”, assim como de certificar que “cada API é utilizada com segurança e é controlada” e de garantir “autorização e autenticação”. O papel das tecnologias de integração na hotelaria e no retalhoO Pestana Hotel Group, a TIBCO e a Polarising juntaram-se numa mesa- -redonda para discutir o recurso a tecnologias de integração nos setores da hotelaria e do retalho. Na ótica do Pestana Hotel Group, “um dos maiores desafios que temos está relacionado com a informação dos nossos clientes, a forma como trocamos e processamos informação”, revelou David Mendes, Head of Technology and Digital Transformation do grupo. “Quando estamos a mudar de sistemas legados para outros mais modernos, este é o maior desafio, mas também é uma sorte porque podemos desenhar soluções para o futuro”. Assim, a primeira abordagem deve passar por “selecionar uma plataforma capaz e escalável”. Hugo Peters, Principal Product Manager da TIBCO, defendeu que “a integração consiste em ligar sistemas e ligar pessoas, garantindo que as informações certas cheguem às pessoas certas, no momento certo”, sendo necessário ter em consideração “qual é o tipo de dados, quantos dados existem, que tipo de sistema”. Já Rui Figueiredo, TIBCO Practice Leader da Polarising, enfatizou a importância de “garantir a consolidação nas plataformas de integração e, ao mesmo tempo, garantir o crescimento”. Desta forma, é fundamental “escolher uma plataforma de integração que atenda às suas necessidades de integração” e “criar a estratégia certa para a empresa”. As tendências no mercado de integraçãoO último painel de discussão contou com a participação da Polarising, WSO2, Integration.team e OutSystems para abordar as tendências no setor de integração. “A IA está a mudar o cenário da integração no futuro”, considera Stafano Negri, Director Solutions Architecture da WSO2, ajudando a “reduzir a curva de aprendizagem e o time to market, e a criar benefícios comerciais”. Além disto, “a IoT está a abrir muitas oportunidades de integração” e “a integração com a gestão de API está cada vez mais em destaque porque está relacionada à segurança”, acrescentou Negri. Ricardo Alves, Director of Product Management da OutSystems, não vê a IA “como um problema, mas como uma forma de resolver os problemas existentes”. Neste sentido, “as empresas SaaS têm surgido cada vez mais. Com a IA, podemos elevar o desenvolvimento de software – empresários sem diploma em ciência da computação também podem criar aplicações”. “Pela experiência de um developer, já existem ferramentas robustas para ajudar a construir os componentes, mas o verdadeiro desafio é como utilizar a IA como parte dos fluxos de integração, como deteção de fraudes”, referiu Steven Van Eycken, Business Integration Engineer e Managing Partner da Integration.team, que acredita que “as ferramentas podem ajudar, mas se não tiver colaboradores felizes e produtivos, o time to market não será mais rápido”. Nuno Vilar Moreira, CEO da Polarising, reforçou que “as tendências vêm rapidamente, mas as empresas ainda se estão a adaptar. Muitas empresas ainda estão focadas na migração para a cloud, na IoT – embora estejamos a falar de IA, isto não foi esquecido e ainda está em desenvolvimento diário”. Na Polarising, “aquilo que fazemos é poder apoiar os nossos clientes e parceiros; é mais do que tecnologia, focamo-nos nas pessoas”, sublinhou o CEO. “Precisamos de criar um ambiente onde as pessoas tenham curiosidade e aprendam, onde a comunicação seja aberta entre todos os players do mercado”.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela Polarising |