Seguros: o potencial da modernização dos sistemas core na produtividade

Seguros: o potencial da modernização dos sistemas core na produtividade

Num contexto em que o mercado segurador foi obrigado a atravessar um período acelerado de transformação digital, a aposta das seguradoras passa cada vez mais pela disponibilização de plataformas e meios digitais com foco na melhoria da experiência por parte dos seus clientes, no aumento da produtividade da sua rede de distribuição, e também na comunicação junto dos seus parceiros

A tecnologia tem desempenhado um papel decisivo neste caminho e tem de ser vista também como alavanca para a modernização dos processos core das seguradoras. Muitos destes processos continuam assentes em sistemas com tecnologias antigas, com arquiteturas rígidas e pouco flexíveis, com stacks tecnológicos ultrapassados e com limitações a nível das integrações com outros sistemas, fazendo com que a jornada de transformação possa ficar, de certa forma, comprometida por não existir a capacidade de acompanhar as evoluções e tendências que o mercado exige.

A aposta em soluções tecnologicamente mais avançadas e flexíveis permitirá às seguradoras mitigar estes temas tecnológicos e a ainda reduzir os custos de IT. Mas a modernização core não passa apenas pelo IT, pois permite também às seguradoras beneficiar noutras vertentes operacionais e de negócio, tais como reduzir o time to market do lançamento de novos produtos e tarifas, aumentar a produtividade tirando partido de processos standard (por exemplo, regularização de sinistros mais célere), ou ainda dotar as áreas de negócio de maior autonomia na configuração de produtos e regras, reduzindo a dependência das áreas de IT.

Desta forma, três possíveis opções de abordagens para modernização core, podem ser:

  • A implementação de soluções Core de Seguros (soluções de mercado), que suportem a cadeia de valor da seguradora e garantam uma cobertura funcional adequada. Soluções mais atuais/atualizadas, tendem a mitigar os constrangimentos a nível de flexibilidade, modularidade e tecnologia;
  • A implementação de soluções low code”em cima” dos seus sistemas atuais, tanto a nível de front-end ou portais, como a nível de integração e exposição de dados e funcionalidades, utilizando assim as capacidades e funcionalidades core existentes. Neste cenário, ainda que em menor escala, mantém-se a necessidade de dar suporte aos sistemas atuais;
  • Implementação de soluções ou ativos à medida para processos específicos – fit for purpose -, onde a dependência de serviços externos é reduzida. Tipicamente, esta abordagem pressupõe um caso de uso sólido, bem como uma elevada capacidade e conhecimento in house.

Cada uma das abordagens descritas tem associado um conjunto de prós e contras, que devem ser avaliados tendo em conta o contexto específico de cada seguradora, tanto a nível de IT (alguns constrangimentos já enumerados anteriormente) como extra IT, tais como o modelo de negócio e os objetivos estratégicos da organização e/ou a própria capacidade de investimento. Independentemente da abordagem a seguir, a modernização dos sistemas e processos core tem de ser vista como uma necessidade por parte das seguradoras no seu caminho de transformação digital, preparando-os para o futuro, mitigando e evitando os constrangimentos atuais conhecidos. 

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