Os desafios da integração entre sistemas

Os sistemas legados funcionam e constituem partes essenciais da infraestrutura de muitas organizações, especialmente de setores como os serviços financeiros e a banca, onde é necessário processar grandes volumes de dados diariamente. Imaginemos um banco com milhares de transações nos seus servidores, Cobol, Sics por exemplo, o que fazer neste cenário? Substituímos todos os sistemas por completo? Impossível.

Com isto em mente, este texto não se debruça sobre sistemas legados, mas sim sobre o que está por detrás de toda a comunicação: o verdadeiro desafio que temos em mãos e que reside na interligação entre plataformas/sistemas legados e as novas tecnologias, de forma a garantir segurança, fiabilidade e rapidez no tratamento da informação.

Esta integração exige não só avanços tecnológicos, mas também equipas altamente especializadas, capazes de criar soluções e arquiteturas aptas a realizar um trabalho seguro e eficiente. Um exemplo relevante é o da Assinatura Digital, que ilustra a complexidade das comunicações entre sistemas distintos. Segundo a MarketsandMarkets, espera-se que o mercado de assinaturas eletrónicas cresça a uma taxa anual composta (CAGR) de, pelo menos, 25% nos próximos anos – dados que revelam a crescente complexidade e importância deste tipo de soluções.

A assinatura digital envolve desafios técnicos, jurídicos e operacionais. Questões como a validação da identidade, o armazenamento seguro de documentos e a prevenção de fraudes são elementos-chave neste processo. Todas estas preocupações só podem ser ultrapassadas através da comunicação entre diversos sistemas de forma eficaz e que garanta a credibilidade e segurança das transações eletrónicas.

Neste contexto, a comunicação entre os sistemas é essencial para permitir o armazenamento e a eventual recuperação de documentos e de dados, bem como a validação e verificação das assinaturas. Apesar deste ser um exemplo muito específico, demonstra a importância desta integração tecnológica no mundo moderno, que se traduz na integração entre sistemas legados e sistemas “novos”.

De olhos postos no futuro, quais são os desafios que se seguem? O mundo sofreu alterações, a tecnologia também, a inteligência artificial (IA) emergiu e, rapidamente, se tornou um elemento crucial na otimização das integrações entre sistemas. Hoje temos diversos modelos de IA que nos ajudam no dia a dia e estão amplamente implementados em chatbots, que executam processos automatizados, assistência personalizada e análise preditiva, mas o potencial vai muito para além disto. A título de exemplo, no setor financeiro, a IA pode desempenhar um papel central na automatização de processos, tais como a assinatura digital, que efetuará a verificação em tempo real sem necessidade de intervenção humana. 

Num mundo cada vez mais interligado, onde as informações “andam de um lado para outro”, a eficiência e a velocidade das integrações são fatores, cada vez mais, determinantes para o sucesso das organizações.  A evolução tecnológica é inevitável e as empresas que melhor se adaptarem e investirem em soluções de integração eficazes estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios que se aproximam.