No ecossistema em constante evolução do marketing e da análise de dados, uma ferramenta emergiu como um catalisador poderoso para a personalização eficaz, envolvimento do cliente e insights acionáveis: os Customer Data Platforms (CDPs), ou Plataformas de Dados do Cliente
Com o aumento exponencial no volume e na variedade de dados gerados diariamente, as empresas enfrentam o desafio de consolidar e entender essas informações dispersas para impulsionar estratégias orientadas ao cliente. No panorama digital de hoje, os CDPs (Customer Data Platforms) tornam-se uma peça essencial para o marketing data-driven. Os CDPs fornecem uma visão holística dos dados dos clientes de várias fontes e permitem criar experiências personalizadas, adaptadas às necessidades individuais dos clientes. Conhecidos como parte do "cérebro" por trás das estratégias de marketing, habilitam o que normalmente se designa de visão única ou unificada de cliente, e permitem ativar ações altamente relevantes do ponto de vista da experiência e satisfação ou comerciais. Uma vez tomada a decisão de avançar para um CDP e de garantir que este responde aos objetivos de negócio prioritários, é necessário escolher entre as inúmeras opções que existem no mercado. Mas a escolha certa pode ser desafiadora, principalmente quando temos em conta o investimento necessário desde a fase de definição, aos casos de uso a priorizar ou mesmo às decisões relativas à arquitetura tecnológica e de dados. Destaco alguns pontos críticos a ter em consideração nesta fase. Em primeiro lugar, devemos ir além das comparações estritamente funcionais. Não nos devemos perder nas comparações de funcionalidades entre CDPs. Os principais providers de Martech oferecem ferramentas robustas, com futuros desenvolvimentos em perspetiva de maneira contínua. Em segundo lugar, devemos envolver os principais stakeholders da organização desde o início. Os dados de clientes são valiosos para várias equipas (e.g. vendas, marketing ou apoio ao cliente), mas não devemos deixar de especialmente envolver o departamento de IT, que tipicamente assume a responsabilidade de implementar e integrar a plataforma com as tecnologias existentes. Em terceiro lugar, não devemos subestimar o esforço desta integração. Analisar a compatibilidade do CDP com o stack tecnológico existente e em plano, de modo a optimizar a transição dos fluxos de dados entre as plataformas. Em quarto lugar, num contexto de escassez de talento, devemos ter em conta a disponibilidade interna e/ou junto de parceiros do talento necessário para cada tecnologia de CDP no mercado. Por último, devemos equilibrar o upgrade funcional que o CDP representa com o investimento necessário. Determinar se as funcionalidades mais avançadas valem o custo e o investimento para garantir a operacionalidade do sistema. Soluções como os CDPs permitem alavancar o data-driven marketing e alcançar objetivos de negócio - nomeadamente na ativação de experiência de cliente - e tecnológicos estratégicos, desde que passem por um processo de escolha e definição realista e alinhado. |