Em conversa com vários CxO que lidam com tecnologias, identificámos as 12 disrupções que alguns CIO antecipam, mas que nem todos estão preparados para os desafios que se avizinham
1. Tecnologias computacionais não tradicionaisComputação Quântica, DNA Computing, DNA Storage são algumas das disrupções que se encontram na calha de alguns laboratórios de inovação. Pelo facto de estarem sobre o manto da confidencialidade destas organizações podem estar mais próximo de implementações comerciais a curto prazo. 2. Cloud distribuída nativaAs plataformas cloud nativas usam a elasticidade e escalabilidade do core de computação na nuvem para entregar soluções rápidas. A cloud nativa reduz a dependência de infraestruturas legadas, libertando tempo para que os CIO se concentrarem em funcionalidades aplicacionais mais relevantes. 3. Soluções integradas de cibersegurançaAs abordagens de segurança tradicionais e fragmentadas focadas nos perímetros das empresas deixam as organizações expostas a ataques. Uma arquitetura integrada de cibersegurança proporciona uma abordagem à segurança composta por blocos baseada em identidade (de pessoas, aplicações e ativos) e cria serviços escaláveis e interoperáveis. 4. Tecnologias espaciais aplicadas a soluções práticasGémeos digitais de ecossistemas terrestres, controlo de poluição e de alterações climáticas, e gestão de rotas internacionais são algumas das aplicações de tecnologias espaciais aplicadas a necessidades terrenas muito concretas. 5. Humanos aumentados & Bio HackingEm 2018, a reputada revista Nature publicou um artigo sobre a capacidade de extrair imagens do cérebro através de leituras cerebrais. Desde então surgem todos os anos novas tecnologias para aumentar a capacidade humana, nomeadamente: estímulo de áreas paralisadas, exoesqueletos, conexões diretas ao cérebro de pacientes para aumentar a sua capacidade de comunicação. Da gestão do stress, memória, até ao controlo de sinais vitais, tudo é exequível com biohacks. As tatuagens eletrónicas, implantes magnéticos, e chips começam a ser integrados com as áreas e técnicas tradicionais de biohacking designadamente a meditação e o jejum intermitente. O resultado é a melhoria da capacidade humana em áreas que a ciência até ao presente não estimava ser capaz de transformar. 6. Algoritmia orientada para a experiência humanaO modelo de “experiência humana total” integra quatro disciplinas: experiência do cliente, interação do utilizador, jornada dos colaboradores e a multiexperiência para criar uma melhor vivência de clientes e colaboradores. O objetivo é interligar e melhorar cada um deles para uma experiência global mais holística para todas as partes interessadas. 7. Gestão de expectativas baseada em IA generativaA gestão de expectativas tem sido uma área aplicada às ciências sociais especialmente à psicologia, no entanto, com o desenvolvimento da inteligência artificial, esta área está a ser apoiada pela tecnologia. Aliada à inteligência artificial generativa é agora possível criar produtos, e opções de produtos de forma a satisfazer mais rapidamente necessidades emergentes dos clientes. 8. Hiper AutomaçãoA hiper automação é uma abordagem orientada para o negócio de forma a identificar, decidir e automatizar o maior número possível de processos de negócios e de TI. Requer o uso orquestrado de múltiplas ferramentas e plataformas, incluindo RPA, plataformas low code e ferramentas de Process Mining. 9. Tecnologias (mais) sustentáveisA sustentabilidade em tecnologias é abordada em termos de substituição (mudança de materiais não biodegradáveis para biodegradáveis), prevenção (evitar deterioração, contaminação e impactos ambientais negativos) e maior eficiência (energia e recursos). Entre outras está a captura de carbono e construções assentes em LEED. 10. Inteligência de decisãoA integração de dados, análises e IA permite a criação de plataformas de inteligência de decisão para apoiar, aumentar e automatizar decisões. A inteligência da decisão pode ser usada para analisar estratégias concorrentes e avaliar decisões passadas, por empresas centradas em soluções de elevada velocidade de entrega ao mercado. 11. Arquiteturas e aplicações em componentesAs aplicações desenvolvidas por componentes são compostas por competências de negócio empacotadas ou objetos de negócio definidos por software. Estas soluções representam um cliente ou um digital twin — criam módulos reutilizáveis que as equipas híbridas podem “assemblar” para criar rapidamente aplicações, reduzindo o tempo de entrega ao mercado. 12. Modelos de negócio baseados em ecossistemasOs modelos de negócio da Netflix, Airbnb, e Apple assentam em ecossistemas, e o grande sucesso destas organizações devem-se em parte ao êxito dos parceiros destes ecossistemas. Como resultado desta tendência um grande numero de disrupções provêm destes ecossistemas. Pelo que uma das competências críticas dos CxO é antecipar as mudanças que ocorrem nestes ecossistemas. |