Vendas de tablets afundam pela quarta vez consecutiva

No terceiro trimestre venderam-se 48,7 milhões de tablets, sete milhões a menos em relação ao ano passado, segundo dados da IDC, que atribui a queda à canibalização dos phablets e ao sucesso dos dois-em-um.

Vendas de tablets afundam pela quarta vez consecutiva

O volume de tablets vendidos no Q3 é de 48,7 milhões de unidades, menos 12,6 por cento do que no mesmo período do ano passado.

No final de 2014 a IDC estimava que haveria uma base instalada de 581,9 milhões de tablets no mundo inteiro, um número que à altura representava um crescimento de 36 por cento face a 2013. O cenário em muito se tem alterado desde então, com a tendência a ser agora e queda e já não de crescimento. Um dos principais motivos é a menor renovação dos equipamentos. “Sabemos que os utilizadores de tablets utilizam os seus dispositivos há mais quatro ano”, sublinha Ryan Reith, program director do relatório sobre dispositivos móveis da IDC.

"Acreditamos que o tablet tradicional tem o seu lugar no mundo da computação pessoal. No entanto, à medida que a base instalada de smartphones continua a crescer e que estes dispositivos se tornam maiores e com mais capacidade (phablets), a necessidade de ter tablets de pequeno formato torna-se menos clara. Com a desaceleração dos volumes de vendas durante quatro trimestres consecutivos, o mercado parece estar em transição”, conclui.

Os modelos dois-em-um têm registado uma subida de apenas um dígito no mercado global de tablets, mas a consultora acredita que esta percentagem aumente bastante nos próximos 18 meses. Existem, no entanto, novos desafios nesta transição, sobretudo para os fabricantes de PCs tradicionais. Estes, por sua vez, irão debater-se com a pressão dos fabricantes de smartphones, que estão habituados a disponibilizar dispositivos de menor custo.

A própria evolução do hardware irá contribuir para impulsionar ainda mais a adoção dos híbridos dois-em-um. “A primeira geração de tablets convertíveis não atraiu demasiado interesse, já que representaram um conjunto de compromissos no que diz respeito a sistema operativo e a hardware, que poucos consumidores e negócios estavam habituados a aceitar”, aponta Tom Mainelli, Program Vice President de dispositivos e  ecrãs da IDC. “Os dispositivos agora disponíveis apresentam uma clara evolução, tanto ao nível de sistema operativo como de hardware, e já se prevê que tanto os utilizadores domésticos como os profissionais comecem a procurar este formato no futuro.

Apple na liderança

A liderança do mercado dos tablets continua a pertencer à Apple, apesar das vendas de iPads terem caído 19,7 por cento, prejudicados pelos próprios iPhones, tendo uma quota de mercado de 20,3%. A IDC estima, no entanto, que iPad Pro venha impulsionar as vendas.

O segundo lugar pertence à Samsung, que também sofreu quedas (17,1%), o tendo agora uma quota de mercado de 16,5%. A maior parte das vendas foram no entanto provenientes dos modelos baixa gama.

A Lenovo fecha o pódio, registando aliás um crescimento de 0,9% e aumentando a sua quota de mercado para 6,3%. A Asus foi o fabricante que registou uma maior queda nas vendas, 43,4%, tendo agora uma quota de mercado de 4 por cento.

A Huawei conseguiu um aumento estrondoso de 147,9 por cento das vendas, por ter encontrado o seu nicho de mercado com os tablets com conectividade celular, que permitem realizar chamadas, tendo agora uma quota de mercado de 3,7 por cento.

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