Riscos económicos são principal preocupação dos gestores portugueses

Num novo estudo, a WTW identificou os principais riscos às operações empresariais: 89% dos inquiridos indicaram os riscos económicos, 86% as alterações regulamentares ou legislativas e 68% as ciberameaças

Riscos económicos são principal preocupação dos gestores portugueses

Os gestores portugueses identificaram um vasto leque de questões como ameaças significativas para os seus negócios, de acordo com um estudo da WTW intitulado “Responsabilidade dos Diretores e Administradores” identifica os principais riscos para os executivos e as empresas a nível mundial. 

Em Portugal, quando questionados sobre quais as ameaças às operações empresariais “muito” ou “extremamente” significativas, 89% dos inquiridos indicaram os riscos económicos, 86% as alterações regulamentares ou legislativas e 68% as ciberameaças. Os valores são notoriamente superiores aos do panorama europeu, onde as alterações regulamentares são o principal risco (62%), seguidas de perto pelas ciberameaças (61%) e pelos riscos económicos (59%). 

O inquérito também analisou diferentes tipos de riscos económicos, tendo a maioria dos gestores portugueses referindo a recessão como o maior risco (91%), seguida da inflação (79%) e dos problemas de recrutamento e retenção no mercado de trabalho (67%). As preocupações com a recessão são muito mais elevadas em Portugal do que na generalidade da Europa, onde apenas 56% dos inquiridos estão preocupados com esse cenário.   

Jorge Tobias, Associate Director, Risk & Broking, da WTW Portugal, disse ser “importante salientar a natureza diversa dos diferentes riscos que foram identificados o que apenas confirma a complexidade da realidade enfrentada pelas organizações”. 

Outras conclusões importantes do relatório referem que o risco geopolítico se tornou mais importante a nível mundial. Em Portugal, 57% dos inquiridos afirmam que se trata de um risco grave. A nível europeu, a percentagem é de 41%. Além disso, as alterações climáticas foram consideradas um risco grave por 36% dos inquiridos em Portugal e 38% na Europa.  

Questionados sobre os principais riscos para os próprios diretores e administradores, os gestores portugueses afirmaram que o risco número um era o risco de corrupção (82%). Este valor é muito mais elevado do que a média europeia onde este risco, ocupa o sexto lugar com 40%. No que diz respeito aos ciber-riscos, a perda de dados é o principal risco em Portugal (80%), seguido de um ataque informático (75%).  

O representante da WTW Portugal explica que, “num contexto muito dinâmico e onde clientes, colaboradores, investidores e autoridades são cada vez mais exigentes e atuantes importa priorizar as iniciativas internas que ajudem a dotar cada organização de uma adequada gestão dos seus riscos que faça sentido para a sua escala e mercado específico”.

 

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